12/09/2010 - 22h19

Em debate, Dilma defende sucessora na Casa Civil e se afasta de denúncias

Carlos Bencke e Maurício Savarese
Do UOL Eleições
Em São Paulo

O segundo bloco do debate Folha/RedeTV!, neste domingo (12), com os candidatos a presidente José Serra (PSDB), Marina Silva (PV), Plínio de Arruda Sampaio (Psol) e Dilma Rousseff (PT), esquentou quando o assunto foram as denúncias que envolvem a sucessora da candidata petista na Casa Civil do governo, Erenice Guerra, em lobby para empresas obterem contratos com o governo federal.

Perguntada se colocaria a mão no fogo por sua sucessora, Dilma disse que tem a “maior e melhor impressão da ministra Erenice”. Segundo a candidata, “o que se tem publicado nos jornais é uma acusação contra o filho da ministra. Se houve [tráfico de influência] tem de se tomar as medidas cabíveis”.

Uma empresa do filho de Erenice, Israel Guerra, cobraria comissão de empresas interessadas em obter contratos ou favores do governo, e a própria ministra teria participado de algumas conversas, segundo reportagem da revista "Veja" publicada neste fim de semana.

Em seguida, Dilma procurou se afastar das denúncias e acusou adversários, sem citar nomes, de promoverem uma campanha contra ela e contra sua campanha. “Eu não concordo, não vou aceitar, que se julgue a minha pessoa com o que aconteceu com o filho de uma assessora minha. Isso cheira a manobra eleitoreira, sistematicamente feita contra mim e contra a minha campanha”, disse.

Quebra de sigilo
Ainda no segundo bloco, Serra foi perguntado por que não reclamou da quebra de sigilo de sua filha e de seu genro na Receita Federal de Mauá quando teve indícios, em 2009, e deixou para tocar no assunto agora quando aparece atrás nas pesquisas. "Eu suspeitava disso, mas não tinha provas. Não cabe a mim colocar rumores. No momento em que apareceu, quebraram a intimidade da minha filha, do meu genro.

E completou, irônico: "O que que eu deveria fazer? Agradecer a campanha da Dilma? [Agradecer] ao PT? A gente viu que são militantes petistas", disse o tucano, atribuindo a autoria do suposto dossiê contra ele e da quebra de sigilo a Fernando Pimentel, candidato do PT-MG ao Senado e um dos coordenadores da campanha de Dilma.

Sites relacionados

Siga UOL Eleições

Hospedagem: UOL Host