12/09/2010 - 21h51

Dilma é foco de ataques no 1º bloco do debate Folha/RedeTV!

Carlos Bencke e Maurício Savarese
Do UOL Eleições
Em São Paulo

O primeiro bloco do debate Folha/RedeTV! neste domingo (12) foi marcado por críticas de José Serra (PSDB), Marina Silva (PV) e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) à líder nas pesquisas de intenção de voto, Dilma Rousseff (PT). A petista defendeu-se citando números do governo federal, no qual disse não ter havido nenhum fracasso desde a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003.

Pelas regras do debate, depois de todos os candidatos responderem à mesma pergunta feita pelo mediador, eles poderiam dirigir questões entre si, no máximo duas vezes. Dilma recebeu perguntas de Marina e de Plínio, que não a pouparam de críticas. Serra, no entanto, foi o mais duro, logo no início, ao responder sobre qual seria o maior sucesso e o maior fracasso do governo Lula.

“O maior sucesso da gestão atual foi não atirar o Plano Real pela janela, como eles anunciaram que fariam e não fizeram. O maior fracasso foi o mensalão, o dossiê dos aloprados, essas violações da Receita”, disse o tucano, que mais tarde voltou a alfinetar o Palácio do Planalto e Dilma por conta do vazamento de dados sigilosos de sua filha e seu genro. “Isso é assunto do governo, que acoberta os companheiros e persegue a oposição. A democracia do PT, da Dilma, deles, tem essa visão”, completou.

Marina, por sua vez, ironizou Dilma ao ser questionada sobre como fazer para o Brasil crescer mais. “É a primeira vez que vejo a ministra Dilma citar a minha passagem pelo governo”, disse. “Avançamos na economia, avançamos no social, mas na política recuamos”, afirmou a candidata do PV, referindo-se a escândalos ligados ao governo nos últimos anos.

O candidato do PSOL também criticou a petista, embora em tom menos forte do que nos encontros presidenciais aos quais a ex-ministra faltou.

“Não sei em que país vive a Dilma. O maior sucesso do governo Lula é ter tido popularidade em um país onde 35% das pessoas passam fome. Essa população acredita no Lula porque recebe uma Bolsa Família, que é para hoje. E o amanhã? A Dilma já anunciou aí, já deu toques de que vai reduzir gastos”, afirmou, em referência a notícias de bastidores sobre um ajuste fiscal em um eventual governo da petista.

Dilma entrou no debate sobre corrupção e evitou rebater diretamente as denúncias. Elogiou a força da Polícia Federal e a Controladoria Geral da União. “Não são as pessoas que têm de ser virtuosas. Quem tem de ser são as instituições. Nunca mandamos engavetar processos no Ministério Público. A questão ética necessita de instituições fortes, transparentes, que de fato cumpram seus objetivos”, disse.

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