21/07/2010 - 19h29

Para Dilma, Brasil tem carga média de tributação

Fábio Brandt
Do UOL Eleições
Em Brasília
  • Dilma Rousseff em entrevista à TV Brasil, nesta quarta-feira (21)

    Dilma Rousseff em entrevista à TV Brasil, nesta quarta-feira (21)

Em sabatina realizada pela TV Brasil na tarde de hoje (21), a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, afirmou que o Brasil está entre os países que têm uma “faixa média de tributação”.

Dilma disse ser a favor de desonerar investimentos e folha de pagamento, mas que isso não pode ser feito imediatamente. “Nós reduzimos o IPI de forma muito significativa. Mas houve um problema seríssimo para os municípios e Estados. Tanto houve, que o Governo Federal teve que repor os orçamentos dos Estados e Municípios”, exemplificou, para explicar sua posição.

A petista também declarou que a mudança que o Brasil mais precisa é erradicar a pobreza, condição primordial para a economia do país crescer, e que as ações do governo Lula de combate à pobreza permitiram que o país saísse bem da crise econômica em 2009.

“Criamos um mercado poderoso para 190 milhões de consumidores. Criar esse mercado foi a condição para podermos enfrentar essa crise. Nosso governo não é para um terço, três quartos da população, é para todos os brasileiros”, disse a presidenciável.

“Temos que caminhar para uma prática de coligações no Brasil”, diz Dilma

Dilma dá entrevista à TV Brasil


“Não concordo que o governo do presidente Lula foi refém da maioria ou de alguma ala parlamentar ou de algum partido”, disse Dilma ao ser questionada pelo jornalista Valdo Cruz, da Folha de S.Paulo, sobre o loteamente partidário de cargos no governo para atender interesses das alianças feitas pelo PT.

Segundo Dilma, o governo buscou construir “a cada caso, sua maioria, para votar os projetos mais importantes”. A candidata reforçou que a política brasileira deve ser cada vez mais caracterizada pelas alianças entre partidos. “Eu acredito em coligações, temos que caminhar para uma prática de coligações no Brasil. Coligações abertas, não de um partido [dominante]”.

O motivo para isso, explicou Dilma, é o fato de o Brasil ser um país “de diversidade de entendimentos, que tem características continentais”. “Cada vez mais estamos nos esmerando nessa direção. Creio que nós, do governo do presidente Lula, conseguimos claramente dar um caminho para o governo e para a coalizão. Vou lutar por isso: que se construam relações políticas bem transparentes, de alta qualidade”.

Temas polêmicos

Dilma voltou a falar sobre temas polêmicos como aborto e censura. A candidata do PT disse que considera o aborto um problema de saúde pública e que “nenhuma mulher quer fazer aborto”. Sobre o controle do conteúdo a ser veiculado na imprensa brasileira, ela disse ser "contrária a isso”.

Dilma é a primeira entrevistada da TV Brasil na série de sabatinas com os três candidatos a presidente da República mais bem colocados nas pesquisas de intenção de voto. A entrevista começou às 18h15, com 15 minutos de atraso. Os entrevistadores são o apresentador da TV Brasil Carlos Azedo, Tereza Cruvinel, da TV Brasil, e o repórter especial da Folha de S.Paulo, Valdo Cruz.

José Serra (PSDB) participará da sabatina amanhã (22), e Marina Silva (PV), na sexta-feira (23).

*Com informações da Agência Brasil

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