08/07/2010 - 07h00

Coligações abrem mão de lançar dois candidatos ao Senado no RS

Especial para o UOL Eleições
Em Porto Alegre

Embora a legislação permita aos partidos ou coligações a apresentação de dois candidatos para as duas vagas gaúchas no Senado em jogo na eleição de 3 de outubro, duas das três principais alianças no Rio Grande do Sul concentram esforços em apenas um nome cada para o cargo.

É o caso da coligação Confirma Rio Grande, liderada por PSDB, PPS e PP, que apoia a candidatura da governadora tucana Yeda Crusius à reeleição. Na disputa pelo senado, o grupo indicou apenas Ana Amélia Lemos (PP).

A estratégia é repetida pelas siglas que sustentam a candidatura do ex-prefeito de Porto Alegre José Fogaça (PMDB) ao governo do Estado. Liderada por PMDB e PDT, a coligação Juntos pelo Rio Grande também tem apenas um nome para o Senado, o ex-governador Germano Rigotto (PMDB).

O deputado federal Mendes Ribeiro Filho (PDMB-RS), coordenador da campanha de Fogaça e um dos estrategistas da coligação, explica que a ideia é centralizar os esforços do partido em um único nome, sem dividir tempo de TV e dando mais força à candidatura. “E também pela qualidade do candidato. Não é sempre que se tem um nome como o de Rigotto numa eleição tão disputada”, afirma.

O presidente do PSDB no Rio Grande do Sul, deputado federal Cláudio Diaz, diz que o objetivo é buscar a preferência de quem já tem um outro candidato escolhido, de outro partido. “Queremos centralizar nossos votos numa candidata, acreditando que ela possa ser o segundo voto dos outros”, afirma.

Entre as principais coligações majoritárias, a única a apresentar dois candidatos ao Senado foi a Unidade Popular pelo Rio Grande, liderada por PT, PSB e PCdoB, que apoia a candidatura do ex-ministro petista Tarso Genro ao governo gaúcho. O grupo lançou o senador Paulo Paim (PT), um dos favoritos ao lado de Rigotto e Lemos, e a desconhecida Abigail Pereira (PCdoB).

As siglas ainda não definiram se Paim e Pereira dividirão por igual o tempo da campanha na TV e os esforços de campanha. O presidente do PT no Estado, o deputado estadual Raul Pont (PT) diz que não faz parte da tradição do partido priorizar um nome quando há duas vagas, mas admite que uma mudança na postura pode ser discutida entre as siglas aliadas.

Sobre a opção adotada pelos adversários, Pont afirma que se trata de uma “aliança branca” entre as coligações de Lemos e de Rigotto. “Estão fazendo isso não porque não têm candidato. Como representam a mesma posição política, estão tentando enganar o eleitor, vender o peixe que tem liberdade de escolher entre projetos diferentes”, afirma o parlamentar petista.

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