25/08/2010 - 15h21

Jaques Wagner não vê reaproximação com o PMDB "no horizonte"

Diego Salmen
Do UOL Eleições
Em São Paulo

Assista à sabatina com Jaques Wagner

Candidato à reeleição, o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), disse que é "muito difícil" uma reproximação com o PMDB caso seja reeleito. A declaração foi dada durante sabatina promovida nesta quarta-feira (25) pelo jornal A Tarde em Salvador (BA).

"Diz-se que para brigar depende da vontade de um, para casar depende da vontade de dois. Aí vamos ver se vai haver uma manifestação objetiva dos dois partidos (PT e PMDB) nesse sentido", afirmou o petista. "Não acho simples num primeiro momento, confesso, porque as sequelas que ficaram desse relacionamento foram grandes".

PT e PMDB se uniram nas eleições de 2006 para derrotar o PFL (hoje DEM), que governava a Bahia há mais de 15 anos. No entanto, as siglas acabaram rompendo a aliança oficialmente - em meio a uma troca de acusações - quando Geddel Vieira Lima (PMDB), ex-ministro da Integração Nacional do governo Lula, lançou sua candidatura ao Palácio de Ondina neste ano.

"Não me arrependo de nenhuma aliança que eu fiz, nem a com o PMDB. Fiz olhando para o futuro, mas o futuro não se realizou como se imaginava", afirmou Wagner. "O PMDB resolveu fazer candidatura própria, é um direito dele", disse.

DEM

O governador também comentou sobre a possibilidade de se aliar no futuro ao DEM. "Acho que em política dizer 'dessa água nunca beberei' é ruim (...) Quanto ao DEM, posso dizer que nunca beberei. O DEM tem um ideário totalmente antagônico ao projeto político que eu defendo", disse.

"Deus escreve certo por linhas tortas. Eu tentei me aproximar do PR, do senador Cesar Borges, e não aconteceu", disse, em referência ao ex-governador da Bahia, na época filiado ao PFL, e que hoje disputa a reeleição ao Senado. "E não era para acontecer.Talvez porque não havia uma identidade maior de pensamento", finalizou.

 

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