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17/10/2008 - 17h57

Presidente do sindicato dos taxistas em SP diz que foi convidado por Kassab a sair do PTB

Bruno Aragaki
Em São Paulo
Com um retrato antigo de Campos Machado (PTB) na parede ao fundo, o presidente do Sindicato dos Taxistas Autônomos de São Paulo, Natalício Bezerra (PTB), contou: "o Kassab (DEM) me convidou a sair do PTB, disse que seria mais fácil para me ajudar. Mas eu não faria isso com o PTB".
  • Luiz Carlos Murauskas

    Kassab (DEM) cumprimentou o taxista mais antigo "na praça" em São Paulo: Valdemar Rosa, 88


Ao lado do líder sindicalista, nesta sexta-feira (17), em cerimônia para receber apoio da categoria no segundo turno, o candidato à reeleição apenas consentiu com a cabeça. Natalício seguiu, parafraseando Geraldo Alckmin (PSDB): "Mas eu disse que não. Sou um homem de partido. Mas agora, neste segundo turno, sim, eu apoio este homem", disse, enquanto na platéia, taxistas aplaudiam Kassab.

Derrotado nas urnas nestas eleições para vereador, Bezerra disse que "no primeiro turno, com o coração dividido, votou em Alckmin", que encabeçava a chapa com Campos Machado. "Mas agora, não tem por que arriscar, o prefeito já está aí fazendo um bom trabalho".

"Ele, mesmo, me ligou um dia, isso eu nunca vou esquecer, e me convidou para almoçar, para perguntar o que a categoria precisava. Vamos eleger o homem", completou Bezerra.

À frente do sindicato há mais de 20 anos, Natalício entregou um documento com reivindicações dos taxistas - uma das quais, aos jornalistas, Kassab já anunciou que não vai atender: a liberação dos corredores de ônibus para carros sem passageiro.

"Essa questão não está em pauta. As outras a gente pode analisar", disse o prefeito.

Outra reivindicação da categoria é a regulamentação da transferência de alvarás, proibida durante a gestão atual. Os taxistas vendiam por até R$ 60 mil ou sublocavam as licenças que recebem para trabalhar.

Os taxistas também reivindicam autorização para estacionar em áreas de Zona Azul, sem custo, por períodos de meia hora - para aguardar passageiros ou fazer pausas durante o período de trabalho.

Sem comprometer-se em atender nenhuma das reivindicações, Kassab apenas disse que eram "questões justas, pertinentes. Vamos trabalhar para atender a categoria e respeitar a opinião pública".

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