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30/07/2008 - 12h55

Kassab diz que não se incomoda com nome na "lista suja"

Da Redação

Assista à entrevista na íntegra


    Em entrevista transmitida ao vivo pelo UOL na quarta-feira (30) o prefeito Gilberto Kassab (DEM), e candidato à reeleição em São Paulo, afirmou não estar incomodado com a inclusão de seu nome na apelidada "lista suja" da AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros), pois sua situação é diferente da dos adversários listados. Em entrevista ao vivo, Gilberto Kassab (DEM) respondeu a perguntas de internautas sobre transportes, Lei Cidade Limpa, educação e iluminação pública.

    "Não estou incomodado. Volto a dizer que não fui condenado, eu fui absolvido. Eu estou esclarecendo porque o nome está na lista. Então, a inclusão não é ruim, porque foi uma ação julgada improcedente. Eu sendo absolvido, não é ruim", afirmou.

    Como Gilberto Kassab se saiu na entrevista?

    Reportagem do UOL revelou na sexta-feira (25) que o processo a que responde Kassab continua em andamento no Tribunal de Justiça de São Paulo, embora não tenha sido incluído na lista divulgada na última terça (22). Na capital paulista, a relação continha apenas os adversários na disputa Marta Suplicy (PT) e Paulo Maluf (PP). Nesta terça (29), a entidade decidiu incluí-lo.

    Na série de entrevistas com os candidatos à prefeitura de São Paulo, o UOL já entrevistou também o candidato pelo PP, Paulo Maluf, e a vereadora e candidata pelo PPS, Soninha.

    Transportes e rodízio

    Kassab também comentou sobre os programas implementados no transporte público municipal, como a restrição à circulação de caminhões. "Nosso sonho é ter zero multas, mas não podemos deixar de fazer um programa correto de transporte público. Se pegarmos as últimas quatro gestões, vamos ver que todos prometiam mil maravilhas, mas medidas concretas, fazendo com que o cidadão tenha o estímulo de deixar seu carro em casa, nada foi feito", criticou.

    Segundo ele, R$ 1 bilhão foi investido no metrô nesta gestão e o objetivo é que mais R$ 1 bi seja investido em um futuro mandato. "Ninguém colocou dinheiro no metrô. Nessa gestão, medidas importantes têm sido adotadas. São medidas de coragem, como a restrição de caminhões no centro", completou.

    Sobre a mudança do horário de pico em razão do rodízio de caminhões, Kassab disse que já era esperado. "Era compreensível que o pico mudasse. No período das 11h às 17h o índice aumentou, mas o importante é que diminuiu no pico de manhã e à tarde. Isso não é surpresa. Qualquer engenheiro de tráfego sabe", defendeu.

    De acordo com o candidato, estas "são medidas paliativas, por um ano e meio". "Porque, quando ficar pronto o Rodoanel, as medidas serão muito mais rigorosas. O objetivo é proibir e não restringir os caminhões."

    Kassab disse ainda não acreditar que as empresas comecem a trocar os veículos de grande porte por kombis e caminhões pequenos, para poder circular livremente. "Nós tivemos diversas reuniões com sindicatos. Trocar significaria quadruplicar a contratação de funcionários, os custos. É mais simples trocar o horário do funcionário. Em São Paulo, as mercadorias estão sendo entregues à noite. As empresas vão mudar seu horário de trabalho", garantiu.

    Lei Cidade Limpa

    • Paulo Giandalia/Folha Imagem

      Kassab defende Lei Cidade Limpa

      Ao responder a perguntas de internautas sobre possíveis ações de combate à pichação, Kassab fez questão de esclarecer que, para ele, o grafite não deve ser combatido. "Grafite é arte." Já com relação aos pichadores, o prefeito argumentou que a Lei Cidade Limpa, que restringiu a propaganda exterior na cidade, fez com que esse tipo de ação se tornasse mais vulnerável. "Acredito muito na conscientização do povo paulista e paulistano."

      "No começo, (a lei) gerou polêmica por haver dúvida por parte dos paulistanos. As pessoas achavam muito boa, mas achavam que não ia dar certo. Mas, com a adesão de todos, São Paulo agora é referência para as grandes cidades do mundo", afirmou Kassab.

      Ele também defendeu que houve uma migração, e não uma simples diminuição nos empregos por causa da limitação aos outdoors. "Houve uma criação de empregos. Diminuiu o número de contratados na mídia exterior, mas houve a migração num número muito mais expressivo para outras mídias."

      Educação

      FRASES DE KASSAB

      • "Ninguém colocou dinheiro no metrô"
      • "Grafite é arte"
      • "Já transformamos 133 mil lâmpadas (em vapor de sódio)"
      • "Se tem algo em que avançamos bastante, foi na qualidade e infra-estrutura do ensino público"
      "Se tem algo em que avançamos bastante, foi na qualidade e infra-estrutura do ensino público. Eram dezenas de escolas de lata e quase 200 salas de lata. Veja como os antecessores deixaram a educação", afirmou. "Essa é a herança que eu peguei na educação."

      Kassab cita, entre suas conquistas nesta gestão, a inclusão de dois professores na sala de aula. "Já estão aparecendo os resultados. O índice de analfabetismo era de 35% no final do segundo ano. Hoje, 85% chegam alfabetizados no final do segundo ano. E vamos continuar melhorando", garante.

      Com relação a uma pergunta de um internauta, que reclama não ter recebido aumento e que os contratos de professores não estão sendo renovados, Kassab diz: "Ou existe algum equívoco no caso dele, ou está mal informado. Nós demos 25% de aumento e garantimos um aumento adicional de 17%. Eles devem estar sendo vítimas de algum equívoco."

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      Iluminação pública

      Sobre a campeã de reclamações na Ouvidoria da Prefeitura paulistana, Kassab diz que considera natural que o cidadão paulistano envie pedidos de melhorias à administração sobre a iluminação pública na cidade.

      "São Paulo tem 513 mil pontos de iluminação pública. Na nossa gestão, ligamos mais 33 mil pontos. É uma das cidades mais iluminadas do mundo. Já transformamos 133 mil lâmpadas (para vapor de sódio). Na próxima gestão vamos aumentar. É mais do que compreensível que o número de reclamações seja sobre iluminação, das pessoas dizendo sobre lâmpadas que queimaram. Não significa que seja um problema", finalizou.

      A entrevista foi realizada pelos jornalistas Diogo Pinheiro e Helder Bertazzi, editor de UOL Eleições 2008.

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