Depois de convocado a
encontro com Lula em Brasília e de negar pedido de sair da campanha, o candidato à prefeitura do Recife Cadoca (PSC) tenta passar dois recados aos eleitores. Primeiro: o candidato segue na disputa; e, segundo: apesar da proximidade com o presidente, o PSC é de oposição a João da Costa (PT), líder nas pesquisas.
Desde a última terça-feira (9), a campanha de Cadoca colocou seis carros-de-som circulando pela periferia do Recife com mensagens confirmando o socialista-cristão na disputa.
Os programas do candidato no Rádio e na TV também batem nessa tecla.
"Cadoca saiu da reunião com Lula dizendo que sua candidatura estava mantida. Mas o fato de não ter negado essa possibilidade desde o início causou grande estrago na sua campanha. Agora, as pessoas têm dúvidas se ele continua candidato e se ele realmente é candidato de oposição", avalia o cientista político Julio César Oliveira.
A menos de um mês para as eleições, os coordenadores de campanha se esforçam para fazer essas informações circulem o mais rápido possível para "reduzir o estrago".
Sobre a condição de aliado ou não do PT, o discursos de Cadoca tenta separar o plano nacional do local. "Do ponto de vista da política nacional, o PT pode ser aliado. Mas desde o início da minha campanha posicionei me posicionei como oposição à atual administração. E tenho centrado minhas críticas à qualidade da gestão. Até porque a administração não é essa beleza que aparece na televisão", afirma.