Em reunião no Palácio do Planalto na tarde desta segunda-feira (8), o candidato à prefeitura do Recife Carlos Cadoca (PSC) negou ao presidente Lula o pedido de saída da campanha em favor de João da Costa (PT).

Segundo fontes próximas ao candidato, Cadoca avaliou que desistir da candidatura a um mês das eleições seria "um suicídio político".

"Houve, de fato, uma sondagem sobre a possibilidade de Cadoca sair do páreo. Mas não há garantia de que isso pudesse ajudar João da Costa. Os votos poderiam migrar para os outros candidatos", disse membro da coordenação de campanha de Cadoca sob condição de não ser identificado.

Políticos ligados ao candidato afirmam que, a Cadoca, Lula justificou ter gravado propaganda eleitoral na TV para João da Costa - e não para ele - para tentar "liquidar a fatura ainda no primeiro turno".

Desde o início da campanha, o PSC de Cadoca, integrande da base de Lula em Brasília, disputa com o PT a imagem do presidente.

Oficialmente, a campanha de Cadoca nega que Lula tenha feito o pedido de retirada da candidatura. No site do candidato, o assunto é tratado como "especulações".

Cadoca iniciou a campanha com 30% de preferência no eleitorado segundo o Datafolha, mas vem caindo sistematicamente e chegou a 10%.

Sua presença na disputa vinha sendo considerado um empecilho para que o presidente Lula entrasse na campanha do candidato do seu partido.

O presidente vinha cumprindo sua promessa de não participar de campanhas nos municípios em que houvesse mais de um candidato da base aliada, como era do caso do Recife. Na sexta passada, porém, gravou mensagem para os programas de TV e Rádio de João da Costa.

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