O PT do Recife se diz perseguido pela promotora Andrea Nunes Padilha, autora de três denúncias contra João da Costa, candidato da sigla à prefeitura da cidade e líder nas pesquisas.
Na última segunda-feira (1º), o partido entrou com representações nas procuradorias Regional Eleitoral e Geral da Justiça do Estado questionando a conduta da promotora.
Para o partido, houve excessos na condução do caso que investiga o prefeito João Paulo, também do PT, acusado de uso da máquina pública para a campanha de seu afilhado político, João da Costa.
A promotora teria fotografado, ela mesma, servidores da prefeitura entregando panfletos em evento de campanha.
"A promotora não pode produzir provas para o inquérito. Ela pode colhê-las", explicou o advogado do PT, Fábio Santos.
O partido também condena o fato de Andrea Nunes ter dado declarações à imprensa sobre os processos movidos contra o partido.
A promotora conseguiu, no fim de agosto, autorização para que a Polícia Federal apreendesse computadores na sede da prefeitura do Recife, de onde teriam partido e-mails coagindo servidores a participar na campanha. A
operação foi noticiada pela imprensa, no dia.
"A promotora Andrea Nunes quebrou o sigilo quando publicizou na imprensa aspectos do processo", diz o advogado petista.
Procurada, a promotora Andrea Nunes Padilha disse apenas que vai "continuar fazendo seu trabalho com isenção".
Na edição desta quarta-feira do Diário Oficial do Estado, o Conselho Superior do Ministério Público de Pernambuco divulga nota de apoio à promotora, afirmando que seu trabalho sempre se deu "na mais estrita legalidade".