A Polícia Federal entrou na Secretaria de Educação da Prefeitura do Recife nesta sexta-feira (22), apreendeu documentos e copiou arquivos de computadores para investigar denúncia de uso da máquina pública em favor da campanha de João da Costa (PT).

O candidato recebe apoio do atual prefeito da capital pernambucana, João Paulo (PT).

O mandado de busca e apreensão da Polícia Federal foi emitido após pedido do Ministério Público de Pernambuco.

Há suspeitas de que servidores públicos, pagos com dinheiro da prefeitura, trabalhem na campanha.

Os mandados foram cumpridos na Coordenação do Programa Escola Aberta, no Centro Administrativo Pedagógico da Secretaria de Educação e Cultura e no gabinete de um funcionário da Secretaria de Educação.

A promotora Andréa Nunes já havia entrado com uma ação por improbidade administrativa contra o candidato petista, na qual questionou gastos de R$ 110 mil pela Prefeitura do Recife para pagar uma publicação que divulgava o Orçamento Participativo, pasta da qual Costa foi secretário.

Andréa Nunes explica que depois de ter ingressado com essa ação, recebeu denúncias anônimas de que funcionários da secretaria de Educação estavam sendo cooptados, via e-mail, para trabalhar na campanha do candidato petista.

Nunes afirmou ter interceptado troca de mensagens entre os servidores usando grupos na internet para combinar outras ações de campanha. "Da forma como foi feita, não era uma livre manifestação de pensamento do eleitor", explicou.

A Prefeitura da Cidade do Recife divulgou nota em que dizia que "não compactua, nem autoriza o servidor público, de qualquer nível hierárquico, a utilizar a máquina administrativa para uso pessoal e/ou eleitoral".

A assessoria de imprensa da campanha petista não quis comentar a operação da PF.

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