A Justiça Eleitoral decidiu nesta quarta-feira (23) deferir o registro de candidatura da prefeita de Fortaleza e candidata à reeleição, Luizianne Lins (PT). O pedido de impugnação foi feito pelo Ministério Público Eleitoral após polêmica sobre a nomeação do vice na chapa.
A Promotoria da 116ª Zona Eleitoral denunciou a existência de fraude na ata da convenção que homologou a candidatura de Luizianne e de Raimundo Ângelo (PT), candidato a vice. Isso porque o nome do vice foi divulgado apenas dois dias depois da convenção petista.
O MPE concluiu que a ata apresentada pelo PT "não retrata a realidade da convenção realizada no dia 29 de junho e, por conseqüência, não atende aos requisitos exigidos pela legislação eleitoral".
A falta de publicização da escolha do vice motivou o procurador regional eleitoral em exercício, Alessander Sales, a pedir que a Polícia Federal investigasse as circunstâncias da indicação. Segundo ele, caso o nome tenha sido definido após a data limite, a ata pode ser considerada fraudulenta.
Durante a inauguração de seu comitê no domingo (13), Luizianne voltou a afirmar que o nome de Raimundo Ângelo foi homologado em convenção, mesmo que a escolha não tenha sido divulgada naquele momento.
O Ministério Público Eleitoral pode recorrer da decisão de primeira instância ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral), em até três dias.