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13/07/2006 - 17h53

Alckmin estranha violência em SP e diz que é preciso investigar

Geraldo Magela/Agência Senado

Alckmin sugere investigação de elos do PCC com PT

Alckmin sugere investigação de elos do PCC com PT

BRASÍLIA (Reuters) - O candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, classificou como estranha a nova onda de ataques do PCC em São Paulo e disse que é preciso investigar a motivação desses atentados.

Perguntado diretamente sobre se julga haver uma ligação entre o PT e PCC, como sugeriu o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), o ex-governador paulista afirmou que prefere não politizar a discussão.

Ao chegar no Congresso Nacional para se reunir com o presidente do seu partido, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), no entanto, Alckmin disse: "Tem muita coisa estranha por trás de tudo isso, mas não vou fazer nenhuma observação de natureza política".

Em nota, o PT diz que Bornhausen "de forma irresponsável e golpista" se utilizou "do oportunismo em um assunto de tamanha gravidade". A nova onda atentados no Estado de São Paulo deixou sete mortos em 106 ataques nos últimos dois dias, segundo dados oficiais. Prédios públicos, postos policiais, ônibus e agências bancárias foram alvo das investidas.

Para Alckmin, o envio da Força Nacional ao Estado não ajuda a resolver o problema, e o governo federal deveria liberar recursos e se esforçar para mudar a legislação que versa sobre segurança pública no país.

Mais cedo, o candidato a vice-presidente na chapa de Alckmin, senador José Jorge (PFL-PE), ironizou a "coincidência" dos ataques do PCC com o crescimento do tucano nas recentes pesquisas de intenção de voto.

"Há uma coincidência. Quando as pesquisas estão a favor de Alckmin, os ataques recomeçam. O PCC trabalha de acordo com as pesquisas", afirmou ele a jornalistas.



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