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22/05/2006 - 18h41

Casal Jucá concorre ao governo e ao Senado em Roraima

Da Redação
Em São Paulo
A eleição no Estado opõe novamente suas duas principais lideranças políticas. De um lado, o governador Ottomar Pinto, do PSDB e, do outro, o senador peemedebista Romero Jucá, ex-ministro da Previdência Social.

Segundo pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Atual da Amazônia (Ipam), o atual governador lidera com folga a corrida pela reeleição. Ottomar tem 37,8% das intenções de voto, contra 14% do senador, em segundo.

A pesquisa foi realizada entre os dias 14 e 22 de março e divulgada pelo jornal "Folha de Boa Vista". Foram ouvidas 600 pessoas, em 14 dos 15 municípios do Estado. Jucá alegou à imprensa local que a exposição do governo estadual na mídia explica a popularidade de Ottomar e que sua vantagem vai diminuir conforme a campanha eleitoral se intensifica.

A prefeita da capital, Teresa Jucá (PPS), é a favorita ao Senado (na vaga de Mozarildo Cavalcanti). Mulher de Jucá e líder do executivo municipal por duas gestões, Teresa tem 30% de intenção de votos para o Senado e chega a ser lembrada por 4,3% dos eleitores na pesquisa para o governo.

Roraima é o menor estado do país em termos demográficos. São apenas 321.317 habitantes em 15 municípios, num território pouco menor que o de São Paulo. Em 2002, segundo o IBGE, o estado produziu um PIB de R$ 1,7 bilhão; 55,5% da PEA (População Economicamente Ativa) recebem entre meio e dois salários mínimos mensais. Cerca de 17,5% da PEA não têm rendimentos.

O senador Romero Jucá foi acusado de praticar fraude contra o erário público entre 1994 e 1996, quando era dono da Frangonorte, abatedouro situado em Boa Vista que contraiu empréstimos junto ao Basa (Banco da Amazônia).

A dívida da empresa chegava a R$ 18 milhões em 1995, segundo o jornal "Folha de S.Paulo". Jucá e um sócio teriam dado como garantia ao banco estatal escrituras de sete fazendas no Estado do Amazonas que não existem. Desde 2004, o banco tenta localizar e penhorar as propriedades, para levá-las a leilão. Nada encontrou. O então ministro atribuiu ao sócio a responsabilidade pelas propriedades.