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02/10/2006 - 17h27

Alckmin cita rejeição menor como trunfo para segundo turno

Da Redação
Em São Paulo
Em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira em São Paulo, o candidato Geraldo Alckmin (PSDB-SP) afirmou estar confiante para o segundo turno contra o presidente Lula (PT), candidato à reeleição. "Senti nas ruas crescimento da confiança. Chegamos numa curva ascendente ao segundo turno", disse, no primeiro dia após o final do primeiro turno.

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O tucano afirmou que pesa a seu favor o menor índice de rejeição. "Ultrapassamos uma barreira dura, que é a descrença. E no segundo turno, o que pesa é a rejeição. E a minha rejeição é menor", disse.

O candidato afirmou também que o tom de sua campanha no segundo turno será "propositivo", mas não descartou referências à suposta compra do dossiê contra tucanos. "A sociedade brasileira está esperando as respostas: de quem é o dinheiro, quem é o dono das contas", disse. O candidato também criticou os casos de corrupção no governo Lula, dando a entender que deve continuar a explorar o tema na campanha. "Não existem fatos isolados. Teve uma seqüência de casos de corrupção no governo Lula que não foram fatos isolados. Houve empresas estatais envolvidas, Congresso, ministérios", afirmou.

Sobre seu desempenho no Nordeste, Alckmin afirmou que segundo turno "é outra eleição". "Venci a eleição em Aracaju e quase empatamos em Sergipe. Segundo turno é outra eleição. Zera e começa de novo", afirmou.

Alckmin afirmou que terá o apoio dos governadores tucanos Aécio Neves (MG) e José Serra (SP) em sua campanha pelo país. "Diga-me com quem andas, e dir-te-ei quem és", disse, sobre os dois aliados, governadores mais bem votados do país. Sobre apoios de outros partidos, o tucano afirmou que telefonou a Cristovam Buarque, mas não confirmou o apoio do PDT.

Geraldo Alckmin criticou também a economia, afirmando que o país tem "andado de lado" e é o "penúltimo da América Latina" em crescimento. Questionado sobre propostas de campanha, Alckmin falou citou apenas um "grande projeto nacional de desenvolvimento" e uma "agenda de crescimento".

O tucano afirmou também que comparecerá aos prováveis debates na televisão nesta segunda fase da campanha.