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08/08/2006 - 15h17

Para 43,6%, governo Lula é ótimo ou bom; para 15,6%, é ruim ou péssimo, diz CNT/Sensus

Marcelo Gutierres
Da Redação, em São Paulo
O governo Lula recebe avaliação positiva (ótimo ou bom) de 43,6% do eleitorado, contra 15,6% que o julgam negativo (ruim ou péssimo). Para 39,5% dos entrevistados, a administração federal é regular. Os números integram pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta terça-feira (8/8).

O levantamento, cuja margem de erro é de 3 pontos percentuais, ouviu 2.000 pessoas entre os dias 1º e 4 de agosto em 195 municípios. Em relação a julho, a avaliação positiva da administração federal subiu 2,6 pontos percentuais: de 41% para os atuais 43,6%.

O índice de aprovação do governo divulgado nesta terça-feira cresce 6,1 pontos percentuais em relação ao registrado pelo Instituto Sensus em fevereiro deste ano: 37,5%. À época, havia 21,4% de desaprovação (5,8 pontos percentuais a mais do que o índice atual).

Desempenho pessoal

O desempenho pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é aprovado por 59,3% dos pesquisados, contra uma desaprovação de 32,5%, diz o instituto. Em julho, esses índices eram de 55,8% e 37%, respectivamente, o que indica aumento da aprovação pessoal de Lula.

Ainda nesse quesito, em fevereiro deste ano, Lula recebia aprovação de 53,3% dos ouvidos. A desaprovação estava em 38%. Se comparado com o anúncio de hoje, esses índices registram 6 pontos percentuais de aumento e 7,5 pontos de queda, respectivamente.

Lula, corrupção e ações do governo

A pesquisa revela que 30,8% do eleitorado aponta o Congresso como o principal responsável pelos casos de corrupção. O PT, partido de Lula, recebeu 18,3% das indicações; a administração federal, 18,3% e Lula, 17,8%. Em julho, 23% dos pesquisados culpavam o Congresso; 22,1% o PT; 11,3% o governo; e 18,3% Lula.

O instituto também questionou a percepção do eleitorado sobre as ações governamentais. Para 34,7%, elas estão sendo conduzidas com eficácia; 48,4% avaliam como ineficaz. No mês passado, esses números eram 32,7% e 54,3%, respectivamente.

A política econômica do governo é bem conduzida para 36% dos ouvidos, queda de 6,4 pontos percentuais em relação a levantamento anterior, de fevereiro deste ano, cuja marca era de 42,4%, diz o instituto. A economia está mal conduzida para 46,3%, acréscimo de 1,8 pontos em relação a fevereiro.

Área política, programas sociais e FGTS

A área política está sendo bem conduzida pelo governo para 30,7% dos pesquisados. Em maio, essa parcela era de 35,6%. Há má condução para 49,6% dos entrevistados, 2,9 pontos percentuais a mais do que em maio, 46,7%.

A pesquisa também quis saber se o entrevistado era beneficiado, conhecia ou não algum beneficiado pelos programas sociais da administração federal. Disseram receber ajuda do governo 15,6% dos ouvidos, contra 16,4% de julho; conhecer beneficiados, 45,9%, ante 37,2% em julho; não conhecer 45,6%, para 37,4% em julho.

A instituição do FGTS para empregados domésticos também foi questionada na pesquisa. Afirmaram ser a favor 89,9% dos ouvidos, e contra, 6,1%.

O estudo é uma iniciativa do instituto Sensus por solicitação da Confederação Nacional do Transporte (CNT). Está registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob número 12310/2006.
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