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01/06/2006 - 16h21

Em 14 anos, PPS disputou a Presidência duas vezes e apoiou PT

Da Redação
Em São Paulo
Fundado em 1992 a partir do PCB (Partido Comunista Brasileiro), o PPS participaria este ano de sua terceira eleição com candidatura própria à Presidência.

Nas eleições de 1994 o partido apoiou a Frente Brasil Popular, encabeçada por Luiz Inácio Lula da Silva. Durante o governo Fernando Henrique Cardoso, o PPS colocou-se na oposição, mas com críticas a partidos como o PT.

Em 1997, o deputado Roberto Freire intermediou a aproximação de Ciro Gomes com o PPS. O ex-ministro e ex-governador do Ceará deixou o PSDB e filiou-se ao partido socialista, pelo qual disputou as eleições de 1998 e 2002.

O PPS apoiou Lula no segundo turno de 2002 e fez parte do governo até dezembro de 2004. Descontente com os rumos do governo, o PPS entregou o ministério da Integração Nacional, ocupado por Ciro Gomes, que foi para o PSB. "Rompemos quando ainda não havia as denúncias de corrupção, no auge da popularidade do governo", diz Freire.

Os socialistas decidiram lançar candidato à Presidência no XV Congresso Nacional do PPS, realizado em março. O partido identificou uma "falsa polarização" entre as candidaturas de Lula e Geraldo Alckmin (PSDB).

Freire pretendia construir com sua candidatura uma oposição democrática de esquerda, com duras críticas ao governo Lula. Procurou apoio de partidos como PDT e PV, mas não obteve sucesso. O pré-candidato Cristovam Buarque (PDT) não desistiu da disputa em nome da aliança.