Rodrigo Pacheco comunica saída do MDB para disputar governo de MG pelo DEM

Daiene Cardoso

Brasília

  • Alex Ferreira/Câmara dos Deputados

    Rodrigo Pacheco é deputado federal e presidente da CCJC (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania) da Câmara

    Rodrigo Pacheco é deputado federal e presidente da CCJC (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania) da Câmara

Presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, o deputado Rodrigo Pacheco (MG) divulgou hoje uma carta comunicando sua desfiliação do MDB. O deputado formalizará sua filiação ao DEM na próxima segunda-feira (19), em um grande evento em Belo Horizonte com a presença do presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ), pré-candidato à Presidência da República.

Pacheco vai disputar o governo de Minas Gerais contra o governador Fernando Pimentel (PT), que caminha para fechar um palanque com o MDB mineiro na busca pela reeleição.

Pacheco se destacou nos últimos anos após ser cotado para assumir o Ministério da Justiça no governo Michel Temer e comandar a CCJ. Em 2017, a comissão ganhou os holofotes durante a votação dos dois pedidos da Procuradoria Geral da República (PGR) de abertura de processo contra Temer.

Na primeira votação, Pacheco indicou Sérgio Zveiter (Pode-RJ), um parlamentar independente, para relatar o pedido. Na segunda denúncia, o mineiro escolheu o governista Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) para a missão. Nas duas ocasiões, o plenário rejeitou o prosseguimento das denúncias.

Na carta, Pacheco diz que comunicava a desfiliação com "aperto no coração". "Tenho a plena e tranquila consciência que honrei a agremiação com um mandato de deputado federal digno, bem aprovado e a serviço do interesse público", diz a mensagem de despedida. "Até mesmo nos momentos de divergência ideológica mais agudos, como a que agora motiva minha saída, mantive o respeito absoluto aos meus pares, algo próprio da minha personalidade", completou.

Pacheco afirma que percorreu o Estado junto com o vice-governador Antônio Andrade (MDB) e com colegas de legenda que defendiam uma candidatura própria do MDB em Minas Gerais, mas que esse esforço não teve resultado. "Infelizmente, prevaleceram outras forças do partido, que levarão à reedição da equivocada aliança com o PT na eleição desse ano", escreveu.

Durante o período de janela que permite aos parlamentares trocarem de agremiação partidária, o MDB vem se destacando pela quantidade de deputados perdidos nos últimos dias. O MDB fluminense, maior bancada do partido na Casa, sofreu as maiores defecções: já anunciaram a saída Laura Carneiro (para o DEM), Altineu Côrtes (de volta ao PR), José Augusto Nalim (para o DEM) e Celso Pansera (que foi para o PT). Alexandre Serfiotis e Soraya Santos negociam a migração para o DEM.

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