Por projeto presidencial, Alckmin defende 'palanque único' em São Paulo

Gilberto Amendola

São Paulo

  • Bruno Rocha/Fotoarena/Folhapress

    07.nov.2017 - Geraldo Alckmin ao lado do secretário da Segurança Pública, Mágino Alves Barbosa Filho, durante entrega de carros da polícia

    07.nov.2017 - Geraldo Alckmin ao lado do secretário da Segurança Pública, Mágino Alves Barbosa Filho, durante entrega de carros da polícia

O governador de São Paulo (PSDB), Geraldo Alckmin, voltou a admitir, nesta segunda-feira, 29, que o ideal seria que os partidos da sua base tivessem apenas um candidato ao governo do Estado. Conforme mostrou o jornal O Estado de S. Paulo, Alckmin, para fortalecer seu projeto presidencial, já admite a possibilidade de o PSDB perder o comando de São Paulo depois de 24 anos chefiando o Executivo. Neste caso, os tucanos abririam mão da cabeça de chapa pela primeira vez na história do partido para apoiar a reeleição do vice-governador, Márcio França, do PSB.

Em encontro com jornalistas, no Palácio dos Bandeirantes, Alckmin afirmou que "o que tem defendido é que se nós pudermos ter um palanque único é melhor". Para o governador, apesar das dificuldades de PSDB e PSB aceitarem uma candidatura única, a questão seria de "conversar" e de "aproximação". "É natural que o PSDB, que é o maior partido e que está no sexto governo, tenha candidato próprio, mas nunca se deve, em uma negociação, colocar uma pré condição. Se nenhum dos partidos abrir mão, teremos dois, três, palanques." Alckmin voltou a afirmar também que a candidatura de França é legítima.

Segundo o governador, a decisão final sobre a candidatura será tomada pelo diretório estadual.

No último sábado, em evento da Cidade Linda, João Doria (que teria passado a cogitar, ainda de forma privada, a possibilidade de concorrer ao governo) disse que a hipótese do PSDB não ter candidato próprio é zero. "Como membro do PSDB, eu posso afirmar pessoalmente, como prefeito da cidade de São Paulo, que o PSDB terá candidato ao governo do Estado de São Paulo. Não há a menor hipótese do partido que ocupa o governo há tantos anos abrir mão dessa condição para quem quer que seja, inclusive para pessoas qualificadas como o vice-governador Márcio França."

Além de Doria, outro prefeito tucano também reagiu à articulação de Alckmin. O prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando (PSDB), disse que "o PSDB não ter candidatura própria seria uma prova que esse atual governo foi ruim". "Para o partido que governa, ter uma candidatura é defender o legado e manter as boas práticas. Além disso, o PSDB não ter um candidato próprio seria um grande problema para a eleição a presidente do Alckmin", disse.

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