Operação Lava Jato

'Lei vale para todos', diz Marco Aurélio Mello às vésperas de julgamento

Rafael Moraes Moura e Amanda Pupo

Em Brasília

  • Matheus Bonomi/Estadão Conteúdo

    O ministro Marco Aurélio Mello durante sessão no plenário do STF (Supremo Tribunal Federal), em Brasília

    O ministro Marco Aurélio Mello durante sessão no plenário do STF (Supremo Tribunal Federal), em Brasília

Às vésperas do julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), o ministro Marco Aurélio Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), afirmou ao jornal "O Estado de S. Paulo" que as instituições estão funcionando no país e que a "lei vale para todos".

"Todos nós devemos contas à Justiça", disse Marco Aurélio, que não quis se estender sobre o julgamento de Lula no TRF-4. "A importância é a atuação da ordem jurídica e as cobranças quanto a eventuais desvios de conduta. Espero que a Constituição Federal prevaleça."

Três outros ministros do STF ouvidos reservadamente pela reportagem dizem acreditar que o TRF-4 manterá a condenação imposta pelo juiz federal Sergio Moro ao ex-presidente no caso do tríplex do Guarujá (SP). Os integrantes da Corte, no entanto, divergem sobre os possíveis cenários depois de uma eventual condenação em segunda instância.

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  • http://noticias.uol.com.br/enquetes/2017/12/12/voce-acha-que-lula-sera-candidato-em-2018.js

Para um ministro, caso se confirme a decisão de Moro, o petista deve ser preso em algum momento. Isso porque o Supremo permitiu a execução de penas como a prisão, após a sentença judicial de segundo grau - antes, portanto, do esgotamento de todos os recursos.

O STF pode mudar o entendimento e ainda não analisou o mérito das ações do PEN e do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que pedem a suspensão da execução antecipada da pena após decisão em segunda instância.

A possibilidade de Lula assumir a Presidência, mesmo sendo réu em ação penal, também é alvo de divergências. Para um deles, o ex-presidente não poderia voltar ao Planalto, considerando o entendimento do Supremo de que réus em ação penal não podem substituir o presidente da República. Nesse cenário, uma possível vitória de Lula nas urnas - com impedimento de tomar posse - "seria bombástico" e provocaria um "fato político traumático", nas palavras de um ministro.

Já para outro integrante da Corte, as ações penais seriam suspensas com a vitória de Lula, já que dizem respeito a atos estranhos ao novo mandato. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".

Como será o julgamento de Lula em 2ª instância

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