PM recolhe mastros e facas de manifestantes na Esplanada dos Ministérios

Leandro Prazeres

Do UOL, em Brasília

A Polícia Militar do Distrito Federal apreendeu, na tarde desta quarta-feira (4), mastros de bandeira e quatro facas durante as manifestações pró e contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. O público estimado pela polícia é de 1.600 pessoas.

Os mastros foram recolhidos nos grupos a favor e contra Lula. As facas foram retiradas de manifestantes que fazem ato em apoio ao petista. A PM informou que ninguém foi preso.

O material foi apreendido durante revista aos manifestantes que chegaram à Esplanada para acompanhar, na tarde desta quarta-feira (4), o julgamento de pedido de Lula para não ser preso após decisão do tribunal de segunda instância.

Mastros e outros materiais que podem ser usados em brigas e não são autorizados nas áreas reservadas pela polícia para protestos em Brasília.

Divididos pela polícia, dois grupos distintos acompanham o julgamento do habeas corpus do ex-presidente no STF (Supremo Tribunal Federal). Manifestantes pró-Lula colocaram faixas com o escrito "Lula livre" em grades de proteção em frente ao Congresso Nacional. Parlamentares da oposição participam do ato.

Do outro lado, grupos que pedem a prisão do ex-presidente contaram com a presença do deputado federal e pré-candidato à Presidência da República pelo PSL Jair Bolsonaro (RJ) pediu que o STF rejeite o habeas corpus da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e prometeu fazer, caso seja eleito neste ano, um "tratoraço" de produtores rurais na Esplanada dos Ministérios.

Bolsonaro foi recebido por milhares de manifestantes contrários ao ex-presidente Lula que protestavam na tarde desta quarta-feira (4) em frente ao Congresso Nacional. Em seu primeiro discurso, ele pediu a prisão do petista. "O Brasil todo está preocupado com o que pode acontecer lá embaixo [STF]. A gente pede a Deus que Lula não seja tratado como um bandido especial. Ele é um bandido como outro qualquer", afirmou o pré-candidato.

O deputado foi recebido em um caminhão alugado por produtores rurais e acenou positivamente às reivindicações do setor: qualificar as ações do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) como atos de terrorismo, revisar o estatuto do armamento para flexibilizar o porte de armas e integrar os ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente.

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