Vereador mais votado, Suplicy tentará Senado; PT nega comparação com Doria

Mirthyani Bezerra

Do UOL, em São Paulo

  • Reprodução/Twitter

    Doria (e) e Suplicy juntos em agosto de 2017

    Doria (e) e Suplicy juntos em agosto de 2017

O vereador de São Paulo Eduardo Suplicy foi aclamado neste sábado (24) como um dos candidatos do PT ao Senado Federal nas eleições deste ano, durante o 19º Encontro Estadual do PT Paulista, na Sé, em São Paulo. Em 2016, Suplicy foi eleito para uma vaga na Câmara Municipal com o maior número de votos da capital paulista desde 1988: 301.446 votos. Caso vença as eleições para o Senado, no entanto, deixará o cargo na metade do mandato municipal.

Para lideranças do PT o caso de Suplicy não pode ser comparado ao do prefeito João Doria (PSDB), que venceu no primeiro turno - feito inédito desde a redemocratização -, mas deve deixar o Executivo municipal para disputar as eleições como candidato ao governo do Estado, fato que tem sido bastante criticado pelos demais pré-candidatos.

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"Os meus eleitores têm dito ao longo do tempo que eu preciso voltar ao Senado. É muito diferente daquela pessoa que disse que não iria deixar a Prefeitura, porque eu sempre estive aberto [a essa possibilidade]. Eu disse para a direção do partido 'se vocês quiserem que eu fique como vereador até 2020 eu estou fazendo com toda a energia, mas se preferirem que eu seja candidato... Mas aí o presidente do partido, ao lado do [ex-presidente] Lula, disse 'olha, nós queremos que você seja candidato em 2018".

PAULO LOPES/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Suplicy durante as prévias do PT paulista neste sábado

Presidente do PT em São Paulo e um dos pré-candidatos do partido ao governo do estado, Luiz Marinho disse que o cargo de "legislativo é diferente do majoritário". "O sentimento do eleitorado do Suplicy é que ele de fato vá para o Senado. Pode ter até eleitor que gostaria que ele fosse para deputado, e não senador. Mas ninguém cobra dele que ele continue vereador, até porque tem o suplente para assumir. Agora do Doria é diferente, ele assinou um compromisso que ficaria os quatro anos, falou, deu entrevista, fez convencimento disso. Então isso é uma traição", disse.

O PT vai escolher entre a vereadora Juliana Cardoso e Jilmar Tatto – que foi secretário de Transportes da gestão Fernando Haddad – o outro candidato ao Senado. Tatto tem o apoio dos grupos que apoiam a candidatura de Marinho ao governo de São Paulo. Já a candidatura de Juliana conta com a simpatia do próprio Suplicy.

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