"Não é mata-mata", diz Alckmin sobre encontro entre FHC e Huck

Janaina Garcia

Do UOL, em São Paulo

  • Alice Vergueiro/Estadão Conteúdo

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) reclamou nesta quinta-feira (8) do tom belicoso que, segundo ele, impregnou a repercussão sobre os elogios do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso à eventual candidatura do apresentador Luciano Huck. Para o governador, trata-se uma "incivilidade" tratar a deferência como incentivo de FHC ao nome de Huck como candidato.

"Elogiar alguém agora dá a impressão de que está lançando candidato. Isso faz parte", afirmou Alckmin. Presidente nacional da legenda, Alckmin disputa no próximo dia 11 de março as prévias do partido com o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, pela indicação à sucessão presidencial.

Hoje, segundo o blogueiro do UOL Josias de Souza, FHC deve se reunir com Huck para discutir uma retomada de sua candidatura —recentemente, o apresentador, vinculado ao momento político Agora!, disse que não seria candidato. A revelação sobre o encontro com o decano gerou indignação entre correligionários próximos a Alckmin, que viram na aproximação uma tentativa de sabotagem do ex-presidente às pretensões do governador.

Indagado em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, nesta tarde se FHC representa hoje um aliado ou um adversário, Alckmin afirmou que " imprensa às vezes interpreta".

"Vivemos momentos na política de incivilidade; política é a arte e a ciência do encontro do bem comum, não é guerra, não é mata-mata", disse. "Luciano é uma excelente liderança, jovem, amigo de FHC há muitos anos", completou, enfatizando que o presidente de honra do partido também é amigo dele.

"Ele [Huck] me ajudou, fez campanha comigo na zona leste de São Paulo em 2000 [Alckmin ficou em terceiro na disputa pela prefeitura, vencida no segundo turno pela então petista Marta Suplicy contra Paulo Maluf]. Os gestos de estímulo ao Huck são muito positivos - eu também estímulo a nova geração e novas lideranças que também participem da vida pública. Se ele [Huck] vai ser candidato, e por onde, é uma questão que cabe a ele definir", concluiu.

O tucano destacou também que partiu do ex-presidente, no ano passado, a escolha para presidir o partido. 

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