PSDB terá pela 1ª vez debate entre Alckmin e Virgílio para definir prévias

Do UOL, em São Paulo*

  • Alexssandro Loyola / Divulgação PSDB

    A executiva nacional do PSDB se reuniu nesta quarta (7) em Brasília

    A executiva nacional do PSDB se reuniu nesta quarta (7) em Brasília

A executiva nacional do PSDB marcou para o próximo dia 1º, com transmissão pela internet, o debate entre o governador Geraldo Alckmin (SP) e o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (AM). O evento, o primeiro do tipo no partido, servirá como último ato antes das prévias tucanas para a escolha do candidato à Presidência da República. O paulista e o amazonense disputam a indicação entre si. 

A definição sobre o debate, assim como a escolha do dia 4 de março como data das prévias, foi feita hoje em reunião em Brasília. Também no dia 4, o partido realizará prévias regionais para escolha dos candidatos a governo –caso de São Paulo, Estado comandado pelo PSDB há quase 24 anos. Nas prévias, os filiados ao partido elegem o nome que deve representar a sigla na disputa eleitoral.

Presidente da executiva nacional, Alckmin afirmou após a reunião que uma comissão formada por ex-presidentes do partido vai decidir os últimos detalhes da realização do pleito interno, já que Virgílio pediu para estudar melhor a proposta elaborada pela comissão. "Nunca tivemos prévia em nível nacional, somente em São Paulo. É um fato inédito", disse.

Filiado ao PSDB desde 1989, ex-deputado, ex-ministro de Fernando Henrique Cardoso (presidente de honra do PSDB) e ex-senador, Virgílio ironizou, em entrevista ao UOL, a ênfase com que Alckmin tem se colocado como alternativa mais viável para a disputa e sugere que o governador tenha apoio por ser o presidente nacional da sigla. Ele questionou os números do governador nas pesquisas –a mais recente, do Datafolha, mostrou o paulista em um cenário de estagnação, com até 11% das intenções de voto. Virgílio não é testado nos cenários.

"Se ele não fosse presidente do partido, o que ele faria? Eu já fui presidente do partido, eu sei. O partido teria que ter recomendado meu nome aos institutos de pesquisa como segundo cenário – nunca fizeram isso. Quem garante que eu não teria passado ele já? Alckmin está estagnado. Por que todo esse privilégio se ele tem 7% de intenção de voto nas pesquisas? O que é tão imbatível assim a ponto de todo mudo se juntar e considerar pecaminosa a minha pretensão?", indagou.

O partido não comentou as declarações de Virgílio.

Entre os integrantes da executiva nacional presentes hoje à reunião, além de Alckmin e Virgílio, estavam o prefeito de São Paulo, João Doria, o governador do Paraná, Beto Richa, o ministro Aloysio Nunes (Relações Exteriores), e o presidente do Instituto Teotônio Vilela, José Aníbal.

* Com informações da Estadão Conteúdo

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