Parlamentares do PT não acompanharão julgamento de Lula em tribunal
Bernardo Barbosa
Do UOL, em Porto Alegre
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Eliane Silveira/Divulgação/PT-RS
12.jan.2018 - Deputados federais e estaduais do PT se reúnem com o presidente do TRF-4, Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, para falar sobre julgamento de Lula no caso do tríplex
Parlamentares petistas não vão acompanhar o julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no prédio do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), sediado em Porto Alegre. A sessão está marcada para esta quarta-feira (24).
Segundo o deputado federal Marco Maia (PT-RS), integrantes do partido vão acompanhar o julgamento no acampamento montado pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) em Porto Alegre. À tarde, seguem para São Paulo, onde Lula participa de ato público no fim do dia na Praça da República, zona central da capital paulista.
No dia 12, deputados petistas se reuniram com o presidente do TRF-4, Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, e entregaram a ele uma carta na qual diziam ser "essencial a garantia" de que pudessem acompanhar o julgamento de Lula.
Na ocasião, o TRF-4 já havia informado que apenas advogados e pessoas que são partes do processo acompanhariam o julgamento na sala da 8ª Turma, onde cabem 40 pessoas.
A alternativa adotada pelo tribunal foi a de oferecer uma sala, dentro do prédio da corte, para que até 30 autoridades pudessem acompanhar o julgamento, mediante credenciamento. No entanto, segundo o TRF-4, ninguém se inscreveu.
Em paralelo, na sexta-feira (19), o TRF-4 anunciou que transmitirá o julgamento de Lula ao vivo pela internet --o UOL retransmite a sessão a partir das 8h30 (horário de Brasília).
O petista será julgado em segunda instância no caso do tríplex do Guarujá (SP). Em primeira instância, ele foi condenado pelo juiz Sergio Moro a 9 anos e meio de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Segundo a sentença, Lula recebeu R$ 2,2 milhões em propina da construtora OAS na forma do apartamento e nas reformas realizadas no imóvel. Os advogados de Lula afirmam que não há prova dos crimes e que evidências da inocência do ex-presidente foram ignoradas.
O julgamento será crucial para o futuro político de Lula. Se condenado em segunda instância, o ex-presidente pode se tornar inelegível e até mesmo ter sua prisão ordenada. Ele lidera as pesquisas de intenção de voto para presidente.
Lula está em Porto Alegre nesta terça (23) para um ato público na Esquina Democrática, no centro da capital gaúcha. Na quinta (25), o ex-presidente será o protagonista de um evento em São Paulo em que lideranças petistas pretendem reafirmar sua candidatura, seja qual for o resultado no TRF-4.
