Na última sessão de julgamento antes das eleições de domingo (2), o TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) manteve nesta sexta (30), em decisão unânime, o veto à candidatura de Celso Giglio (PSDB) à prefeitura de Osasco. A campanha informou que vai recorrer ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Giglio já foi duas vezes prefeito da cidade (1993-1996 e 2001-2004) e foi considerado inelegível com base na Lei da Ficha Limpa, que impede a eleição de candidatos com contas reprovadas em cargos públicos. Ele teve suas contas de 2004, quando comandava o município, rejeitadas pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado) e pela Câmara Municipal. 

Apesar disso, com base em uma liminar, o político do PSDB disputou a eleição de 2014 para deputado estadual e foi eleito. O TRE-SP considerou que a medida já não tem mais validade.

Em 2012, também alvo da Lei da Ficha Limpa

Giglio protagonizou um caso idêntico em 2012, quando também disputou a eleição para a prefeitura de Osasco e foi barrado pela Lei da Ficha Limpa, com base nas mesmas contas reprovadas de 2004. 

Como o TSE só julgou a questão após o primeiro turno de 2012, Giglio continuou na disputa com o registro da candidatura na condição de "indeferido com recurso". Assim, o nome dele apareceu nas urnas, e o eleitor pode votar no candidato. 

Seus votos foram contados em separado pela Justiça Eleitoral, não integrando o contingente dos votos válidos. O tucano recebeu 149.579 votos na eleição e Jorge Lapas obteve 138.435. Lapas, eleito então pelo PT, agora busca a reeleição pelo PDT.