O ministro licenciado do Desenvolvimento Agrário e um dos coordenadores da campanha da presidente reeleita Dilma Rousseff (PT), Miguel Rossetto, criticou nesta segunda-feira (27) a revista "Veja", do grupo Abril, que, segundo ele, teve uma "conduta operada". "Foi uma conduta, na minha opinião, operada; uma operação Abril", declarou durante entrevista aos blogueiros do UOL Josias de Souza e Mário Magalhães.

Rossetto é aposta de petistas para ser ministro de Dilma em seu segundo mandato e integrar uma "tropa de choque" para atuar na relação do Palácio do Planalto com o Legislativo.

Na última sexta-feira (24), a Veja publicou reportagem em que o doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato, teria dito em depoimento que Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sabiam do esquema de desvio de dinheiro público da Petrobras.

Por determinação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a edição digital da revista publicou no domingo (26) um direito de resposta da coligação Com a Força do Povo, da presidente Dilma Rousseff. Ontem, o ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência, classificou o que aconteceu como "episódio vergonhoso".

Reforma política e plebiscito

Rossetto deu detalhes sobre a proposta da presidente reeleita de priorizar em seu segundo mandato a reforma política. 

"A reforma política que imaginamos tem como primeiro elemento repensar o padrão de financiamento. É a grande reforma que reorganiza, que democratiza o processo eleitoral brasileiro. O dinheiro não pode sequestrar a vontade popular como faz hoje" disse.

Segundo ele, a população será consultada por meio de um plebiscito. "A ideia fundamental é que as mudanças saiam da única esfera de deliberação do Congresso Nacional. Infelizmente, os representantes do Congresso têm sido refratários às mudanças que nós achamos importantes. Nós achamos que a legitimidade das mudanças passa por uma aprovação da população, dos eleitores brasileiros", explicou.