Dilma chama insinuações sobre impeachment de golpistas

Leandro Prazeres

Do UOL, em Porto Alegre

  • Avener Prado/Folhapress

    A presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, faz carreata em Porto Alegre (RS)

    A presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, faz carreata em Porto Alegre (RS)

A presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), chamou de golpistas as manifestações a favor do seu impeachment caso a petista seja reeleita. A declaração foi feita neste sábado (25), durante entrevista coletiva realizada em Porto Alegre.

Uma petição online anuncia ter coletado mais de 650 mil assinaturas pedindo o impeachment da presidente. 

"Eu quero aqui manifestar meu repúdio a esse tipo de processo que é um processo golpístico [sic], que não se coaduna com uma situação democrática. Eu quero dizer aqui que eu tenho uma vida inteira que demonstra o meu repúdio à corrupção. Eu não compactuo com a corrupção e quero que provem que eu compactuei com a corrupção", afirmou a presidente.

Na última sexta-feira (24), o jurista Ives Gandra Martins disse que, se as denúncias relativas à Petrobras forem comprovadas, é provável que seja aberto um processo de impeachment contra Dilma Rousseff.

Campanha presidencial 2014
Campanha presidencial 2014

"A denúncia é muito grave e chega a ser provável que nós vamos ter pelo menos a abertura de um processo de impeachment", disse em entrevista à rádio Jovem Pan.

Ataque contra a Veja

Dilma disse ainda repudiar os atos de vandalismos cometidos contra a sede da editora Abril, em São Paulo e classificou o episódio como "barbárie".

"Eu lamento qualquer ato de vandalismo, não concordo com ato de vandalismo. Repúdio todas elas [formas] de violência como resposta de discussão política. Isso é uma barbárie e deve ser coibido. Nós só podemos aceitar um padrão de discussão que seja pacífico com argumentos e que defenda posições e não que ataque uns aos outros", disse a presidente.

Na sexta-feira (24),após o último debate presidencial, na TV Globo, a sede da editora Abril foi alvo de atos de vandalismo.

O ataque ocorreu depois que a revista "Veja", publicada pela editora, divulgou uma reportagem em que o doleiro Alberto Youssef, preso durante a operação Lava Jato, teria afirmado em depoimento prestado à à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal que tanto Dilma quanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sabiam do esquema de desvio de recursos públicos da Petrobras para abastecer caixas de campanha de partidos da base aliada.

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