Violência no Rio

PM-RJ destaca 35 mil policiais para eleições, e Marinha envia tropas do PA

Do UOL, no Rio

  • Tarso Sarraf/ Estadão Conteúdo

    Cento e dez militares embarcaram de Belém para o Rio de Janeiro para atuar no complexo de favelas da Maré

    Cento e dez militares embarcaram de Belém para o Rio de Janeiro para atuar no complexo de favelas da Maré

O esquema especial de segurança da Polícia Militar do Rio de Janeiro para o fim de semana das eleições, que conta com cerca de 35 mil PMs, teve início na tarde desta sexta-feira (24). Apenas no domingo (26), dia do pleito, serão empregados 20.788 policiais, nos 5.418 locais de votação de todo o Estado.

Também nesta sexta, a Marinha do Brasil enviou tropas do Pará para atuarem no complexo de favelas da Maré, na zona norte da capital fluminense. Pela manhã, em Belém, 110 militares que vão integrar a "força de pacificação" embarcaram em um voo saindo de Belém com destino ao Rio de Janeiro. A região está ocupada pelas Forças Armadas desde março deste ano e continua a registrar uma série de conflitos armados.

Participarão da operação da PM do Rio policiais do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), do BPCHoque (Batalhão de Choque), do Batalhão de Ações com Cães e do GAM (Grupamento Aeromóvel). As equipes deixaram a sede do BPCHoque no início da tarde e se dividirão em regiões estratégicas da cidade.

Do total do efetivo, 455 PMs estão à disposição do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) e 212 à disposição do Ministério Público.

Violência no Rio de Janeiro em 2014
Violência no Rio de Janeiro em 2014

Tensão nas UPPs

Nas semanas que antecederam o primeiro o e o segundo turnos das eleições no Rio, as UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) enfrentam um momento conturbado, com ataques de criminosos a policiais e contêineres da PM e mortos e feridos em trocas de tiros.

Nesta quarta-feira (23), por exemplo, contêineres que servem como base da UPP do Lins de Vasconcelos, na zona norte do Rio, foram incendiados por criminosos depois de um intenso confronto entre PMs e criminosos que atuam na região. Os atos de violência na região começaram ainda na noite anterior.

No último dia 17, um policial militar foi assassinado no morro da Mangueira, também na zona norte. No dia seguinte, confrontos entre a polícia e traficantes do morro de São Carlos, no Centro, deixaram dois policiais feridos.Também houve ataques a duas bases da UPP do Lins, no último dia 14, em represália a prisão de um homem. 

No dia da votação do primeiro turno, policiais militares da UPP Camarista Méier, também no Lins, trocaram tiros com criminosos perto da Estrada Grajaú-Jacarepaguá. Um dia depois, um PM foi baleado na cabeça. No dia 7, PMs trocaram tiros com criminosos no Lins, em uma operação com mais de 200 homens da polícia, que deixou as escolas da região sem aulas por dois dias.

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