Para Aécio, 'Lula apequena sua biografia' com ataques durante a campanha

Vinícius Segalla

Do UOL, em Belo Horizonte

O candidato a presidente da República pelo PSDB, Aécio Neves, afirmou nesta quarta-feira (22), em entrevista coletiva concedida em Belo Horizonte, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva "apequena a sua biografia" com o papel que vem executando nesta campanha eleitoral.

"Lamento que um ex-presidente da República se permita cumprir um papel tão inexpressivo nessa final da campanha eleitoral. Só quem perde com isso é ele, ele apequena a sua biografia com ataques torpes e absurdos", afirmou o tucano.

No último dia 21, no Recife, o ex-presidente disse que Aécio Neves agride Dilma Rousseff (PT) e o povo do Nordeste "como os nazistas agrediam no tempo da Segunda Guerra".

Já no último dia 18, em Belo Horizonte, Lula disse que o comportamento de Aécio durante esta campanha "é o comportamento de um filhinho de papai".

Campanha presidencial 2014
Campanha presidencial 2014

"Não sei se ele teria coragem de ser tão grosseiro se o adversário dele fosse um homem", discursou o petista.

Na entrevista coletiva, Aécio Neves também reafirmou que vai manter o programa social Bolsa Família, e que não irá reduzir o papel dos bancos públicos na economia brasileira, tampouco demitir servidores dessas instituições.

"Nos últimos dias, têm sido distribuído jornais e boletins apócrifos em que é dito que irei acabar com programas sociais e atacar os bancos públicos. É mentira. A mentira é a arma mais vigorosa da campanha da minha adversária. Esta eleição ficará marcada pela infâmia", afirmou Aécio.

O candidato terminou a entrevista afirmando que tem confiança na vitória, mas que a "decisão não está mais comigo, está com o povo brasileiro".

Seleção de perguntas

Após o término da entrevista coletiva  para a imprensa nacional, Aécio Neves concedeu entrevista somente para os veículos da imprensa do interior de Minas Gerais. A reportagem do UOL acompanhou o evento.

Antes que o candidato passasse a responder aos jornalistas, sua equipe de campanha selecionou as perguntas que seriam feitas. "Não, nada de ministros, ele não foi eleito, escolha outra pergunta", disse o assessor de Aécio a um jornalista de Varginha.

"Sobre a confiabilidade das pesquisas? Certo, essa pode ser", disse o mesmo assessor, a um repórter do município de Montes Claros.

Quando a entrevista teve início, Aécio falou sobre obras federais que acontecem no Estado, como construção e pavimentação de rodovias. "Não tenho dúvidas que meus compromissos e conhecimentos sobre Minas Gerais estarão sempre a serviço de Minas", disse o candidato.

Aécio falou também de sua eventual relação com o governador eleito de Minas, Fernando Pimentel (PT).

"Minha relação com o governador será uma relação republicana. Acima dos interesses políticos, está o interesse das pessoas. E eu serei o presidente da descentralização, o presidente que vai fortalecer os Estados".

Na pergunta do repórter de Montes Claros, sobre a eventual manipulação das pesquisas eleitorais, Aécio disse que "as pesquisas erraram muito".

"Na véspera do primeiro turno, davam uma diferença de 18 pontos entre a minha candidatura e a candidatura oficial. No final, foi de oito pontos percentuais. Mas isso não muda minha estratégia. Minha campanha é aquela dos que querem mudanças. Isso vai prevalecer nas urnas."

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