Dilma posa e faz carreata, mas não pede voto nem a Crivella nem a Pezão

Leandro Prazeres

Do UOL, no Rio

  • André Luiz Mello/Agência O Dia/Estadão Conteúdo

    A presidente e candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff, faz carreata com o candidato ao governo do Rio pelo PRB, Marcelo Crivella, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. A presidente posou, discursou e até abraçou, mas não pediu votos para o candidato. Os candidatos derrotados no primeiro turno, Anthony Garotinho (PR) e Lindinberg Farias (PT), também participaram da carreata

    A presidente e candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff, faz carreata com o candidato ao governo do Rio pelo PRB, Marcelo Crivella, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. A presidente posou, discursou e até abraçou, mas não pediu votos para o candidato. Os candidatos derrotados no primeiro turno, Anthony Garotinho (PR) e Lindinberg Farias (PT), também participaram da carreata

A presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), posou, discursou, abraçou, colou até um adesivo (que depois tirou), mas não pediu voto para o candidato ao governo Marcelo Crivella (PRB) durante a carreata na qual a candidata participou em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (20). Pouco mais de uma hora depois, a candidata fez campanha, também sem pedir votos, para seu outro aliado no Estado, Luiz Fernando Pezão (PMDB).

Ao lado de Crivella e dos candidatos derrotados no primeiro turno Anthony Garotinho (PR) e Lindberg Farias (PT), Dilma pediu votos para si mesma, mas não citou o a candidatura de Crivella, que disputa o governo do Rio de Janeiro com Pezão.

A "neutralidade" adotada por Dilma em Nova Iguaçu seguiu a postura que a candidata vem adotando no Rio de Janeiro desde o início da campanha para o governo do Estado. O Rio teve pelo menos quatro candidatos disputando o governo por partidos da base aliada. No segundo turno entre Crivella e Pezão, Dilma continuou neutra e não se manifestou a favor de nenhum dos candidatos.

Em Nova Iguaçu, Dilma voltou criticar candidatura de Aécio Neves (PSDB) à Presidência e disse que os tucanos se 'ajoelharam' diante do FMI. "Eu quero dizer que a eleição no dia 26 vai colocar, de um lado, aqueles que defendem os empregos e os salários e do outro aqueles que desempregaram o Brasil, que reduziram os salários e que se ajoelharam diante do FMI. Aqueles que quebraram o Brasil três vezes", disse.

Dilma participou de uma carreata ao lado de Crivella, que foi seu ministro da Pesca. Sem citar o nome do aliado, Dilma falou sobre realizações e projetos de seu governo e encerrou o discurso pedindo votos. "Por isso eu peço humildemente: no dia 26, votem em nós", disse a candidata.

Pezão

Menos de uma hora depois de subir em um carro ao lado de Crivella, Dilma se encontrou com Luiz Fernando Pezão, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, e repetiu os gestos. Diferentemente do que fez com Crivella, no entanto, Dilma não colou adesivo da campanha de Pezão em sua roupa e nem discursou.

Ichiro Guerra/Divulgação
Mais tarde, Dilma se encontrou com o governador candidato à reeleião, Pezão (à esq.)

Durante quase 40 minutos de carreata, Dilma, Pezão e o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), percorreram as ruas da região, mas Dilma não se pronunciou. Coube a Paes fazer um pequeno discurso pedindo votos para Dilma e Pezão.

Dilma terminou a carreata e retornou a São Paulo, onde ela cumprirá agenda em Itaquera e Perdizes.

Ao final da carreata, o ex-secretário de Meio Ambiente de Pezão e deputado estadual eleito, Carlos Minc (PT), admitiu que a divisão do PT em relação às candidaturas de Crivella e Pezão tem o objetivo de ampliar a base de votos em Dilma.

"O partido, em âmbito estadual, votou pela neutralidade. Isso já deu uma certa acalmada (junto aos integrantes do partido). A preocupação maior do PT é eleger a Dilma. O fato de não termos criado nenhum stress nas duas candidaturas é uma coisa boa", afirmou Minc. 

Campanha presidencial 2014
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