Na TV, Aécio usa carta elogiosa de Dilma a FHC; petista ataca Armínio Fraga

Do UOL, em São Paulo

Horário eleitoral nesta segunda-feira (13)

O candidato Aécio Neves (PSDB) utilizou uma carta elogiosa da adversária Dilma Rousseff (PT) direcionada ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em 2011 no horário eleitoral da televisão nesta segunda-feira (13). A petista, por sua vez, concentrou ataques a Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central no governo FHC e anunciado como futuro ministro da Fazenda em um eventual governo Aécio.

"Quem fala a verdade? A Dilma que ataca para ganhar votos ou aquela que escreve uma carta e assina embaixo?", questiona a campanha de Aécio logo depois de recitar a carta de Dilma a FHC de 2011, em homenagem aos 80 anos do ex-presidente. Na mensagem, Dilma classifica FHC como "acadêmico inovador" e diz que ele "contribuiu decisivamente para a consolidação da estabilidade econômica".

Na campanha de 2014, a gestão Fernando Henrique (1995-2002) tem sido constantemente atacada pela petista, dizendo que o modelo de governo do PSDB "quebrou o país três vezes, abafou todos os escândalos de corrupção e provocou desemprego altíssimo". FHC também é criticado por ter dito, em entrevista ao UOL, que o "PT está fincado nos [eleitores] menos informados".

Aécio também utilizou uma polêmica envolvendo Márcio Holland, secretário de Política Econômica, que teria sugerido que os brasileiros reduzissem o consumo de carne bovina e a substituísse por opções mais baratas, como frango e ovo --Holland negou ter feito a sugestão, e disse que "pretendia somente chamar a atenção para um movimento de substituição que pode estar em curso".

A propaganda tucana ironizou a frase e disse que "a culpa pela inflação não é mais da crise internacional: agora, a culpada é a carne". O programa ainda mostra depoimentos de pessoas dizendo que não vão trocar a carne por ovo.

"Medidas impopulares"

Presidente do Banco Central durante o segundo governo FHC, Armínio Fraga foi o principal alvo da propaganda de Dilma desta segunda-feira, ligando uma frase de Aécio dita em abril, de que tomará "medidas impopulares" caso seja eleito, a eventuais ações de Fraga como ministro da Fazenda.

O programa de Dilma utilizou uma frase de Fraga dita em entrevista ao jornal "O Estado de São Paulo", em abril, de que "o salário mínimo cresceu muito ao longo dos anos", e afirmou que "a dívida pública dobrou, a inflação cresceu e a taxa de juros chegou a 45% ao ano" na gestão do ex-presidente do BC. "Essa é a visão de governo de Armínio Fraga. Assustador, não?", questiona o locutor. 

Em seguida, a propaganda diz que as medidas impopulares podem significar "eventuais cortes na educação, na saúde e em programas sociais". "Já Dilma é a garantia de mais avanços nessas áreas", completa a peça, que logo depois enumera propostas de Dilma para a saúde.

A candidata à reeleição também usou a vitória sobre Aécio em Minas Gerais no primeiro turno, além do triunfo do petista Fernando Pimentel para o governo do Estado, para dizer que "quem conhece bem Aécio não vota nele", já que o presidenciável tucano foi duas vezes governador mineiro.

Campanha presidencial 2014
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