Maioria da bancada eleita do PSB defende apoio a Aécio, diz Albuquerque

Bruna Borges

Do UOL, em Brasília

  • Sergio Lima/Folhapress

    Reunião da Executiva Nacional do PSB vai definir se apoia candidatura de Aécio Neves (PSDB) à Presidência

    Reunião da Executiva Nacional do PSB vai definir se apoia candidatura de Aécio Neves (PSDB) à Presidência

A maioria da bancada eleita pelo PSB para a Câmara dos Deputados defende o apoio ao candidato à Presidência Aécio Neves (PSDB) no segundo turno. Segundo o deputado federal Beto Albuquerque (PSB-RS), vice da candidata derrotada no primeiro turno Marina Silva (PSB), 28 dos 34 parlamentares eleitos pelo partido querem se aliar ao tucano.

Líder da bancada atual do PSB na Câmara, Albuquerque também é a favor do apoio. "No segundo turno temos que tomar uma posição. E nós somos muito simpáticos à alternância de poder porque grupos políticos muito tempo no mesmo lugar tendem a criar vícios como estamos vendo – leia-se Petrobras –, ou tendem a se acomodar. Vamos aguardar a posição do partido", afirmou o parlamentar.

Beto disse que consultou 33 dos 34 eleitos sobre seu posicionamento a respeito do novo pleito entre Aécio e a presidente Dilma Rousseff (PT), que tenta a reeleição. O partido se reúne na tarde desta quarta-feira (8) para decidir se vai apoiar algum candidato no segundo turno. Marina Silva não participa do encontro, pois não é membro da Executiva Nacional do PSB.

De acordo com o parlamentar, além dos 28 que defenderam apoio, há um deputado da Paraíba que fez um indicativo de aliança, mas que não posicionou formalmente, pois em seu Estado o PSB enfrenta o PSDB no segundo turno pela disputa ao governo.

O deputado afirmou ainda que quatro deputados da bancada defenderam a neutralidade.

"Nós não devemos nada ao PT, nada. Nós sempre ajudamos o PT a vencer e portanto quando decidimos não estar mais no governo, construirmos a candidatura nós estamos exercendo o direito de ser PSB e é isso que estamos fazendo", disse Beto. "Eu ajudei muito o PT e eu não preciso estar ao lado do PT para ser de esquerda, como pensa o PT."

O PSB foi aliado ao PT até o ano passado quando rompeu com o partido para lançar candidatura própria ao Palácio do Planalto. O PSB fez aliança com a Rede, de Marina Silva e após a morte do ex-governador Eduardo Campos (PSB) em agosto, a ex-senadora assumiu a cabeça de chapa na disputa.

"No PSB o que está muito claro é em quem nós não vamos votar, que é a Dilma. Agora se nós vamos votar no Aécio depende de um acordo programático", declarou Beto.

A própria Marina Silva já sinalizou que pode apoiar Aécio, mas impôs condições para aliança. O apoio a Aécio, no entanto, só será feito amanhã após aprovação de toda a coligação que é composta por PSB, PHS, PRP, PPS, PPL e PSL.

Como condição por seu apoio, Marina pede uma reforma política, com o fim da reeleição, a implantação de educação em tempo integral e a preocupação como sustentabilidade como áreas que o tucano deve se comprometer em seu governo caso seja eleito, segundo o jornal "Folha de S.Paulo".

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