Dirigentes petistas minimizam impacto de apoio de Marina no 2º turno

Leandro Prazeres

Do UOL, em Brasília

Dirigentes petistas minimizam o impacto de um possível apoio de Marina Silva (PSB), derrotada no primeiro turno das eleições, a Aécio Neves (PSDB), adversário de Dilma Rousseff (PT) no segundo turno. Segundo o ministro de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, para o PT, os apoios não são o único fator que vai definir o segundo turno.

"A eleição é uma disputa entre dois projetos. Não trabalho com a ideia de que apoios sejam o único fator relevante pra enfrentar no segundo turno", disse Berzoini pouco antes do início da reunião com lideranças, governadores e senadores eleitos da base aliada, que foi convocada por Dilma. A reunião começou na tarde desta terça-feira (7), em Brasília.

O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), minimizou o peso que um possível apoio de Marina a Aécio teria na definição dos votos no segundo turno.

Campanha presidencial 2014
Campanha presidencial 2014

"Eu acho que os votos da Marina não têm patrimonio, não são carimbados. Os que votaram na Marina coma  ideia da mudança, mudança no sentido de uma nova forma de fazer política, não olham pro Aécio e enxergam isso. O Aécio é alternância, não é mudança", disse Wagner.

O governador eleito da Bahia, Rui Costa (PT), também disse acreditar que uma declaração de apoio de Marina a Aécio tenha pouco impacto no âmbito regional. "Na Bahia, acho difícil. Não é isso (declaração de apoio) que vai definir). Porque o perfil do eleitor não tem o perfil de aguardar a decisão da liderança para uma tomada de decisão", disse Alencar.

As declarações dos líderes petistas chegam em um momento em que as principais indicações são as de que Marina deverá apoiar Aécio no segundo turno.

Derrota no ABC

O presidente nacional do PT e coordenador-geral da campanha à reeleição de Dilma, Rui Falcão, saiu em defesa do coordenador da campanha em São Paulo, o prefeito de São Bernardo do Campo, o petista Luiz Marinho. Falcão isentou Marinho de culpa pela derrota de Dilma na região do ABC paulista, tradicional reduto do partido em São Paulo.

"Não há nenhuma crítica nossa à condução do Marinho na campanha. Ele fez uma ótima condução e continua na condição de coordenador e ampliando (as alianças) com quem ele achar que é conveniente. O que eu quero dizer é que não há crítica à condução que ele deu à campanha. O resultado lá não pode ser atribuído ao Marinho", disse Falcão.

Aécio venceu Dilma em cidades como São Bernardo do Campo, Santo André e São Caetano do Sul, berço do sindicalismo que deu origem ao PT no final dos anos 80. 
 

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