Após 'fantasmas do passado' de Dilma, Aécio fala em 'monstros do presente'

Vinícius Segalla

Do UOL, em São Paulo

  • Fabio Braga/Folhapress

    Aécio se reuniu com líderes do tucanato paulista em seu comitê nos Jardins, em SP

    Aécio se reuniu com líderes do tucanato paulista em seu comitê nos Jardins, em SP

O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves (PSDB), afirmou, nesta segunda-feira (6), ao responder um discurso da presidente Dilma Rousseff (PT) de domingo (5), que o país está preocupado com "monstros do presente". Ontem, Dilma havia dito, ao se referir ao PSDB, que o país não queira a volta dos "fantasmas do passado".

"Me surpreendi hoje, ao abrir os jornais, e ler a fala da candidata oficial. Na verdade, o que atemoriza o Brasil são os monstros do presente, que trazem inflação alta e a corrupção", disse Aécio, em São Paulo.

O tucano sugeriu à presidente Dilma uma campanha no segundo turno "baseada no respeito e na exposição de propostas".

As declarações de Aécio foram dadas em um discurso seguido de uma coletiva de imprensa no comitê central de sua campanha, em um casarão nos Jardins, bairro nobre de São Paulo. Também estiveram presentes no ato o governador reeleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), o senador eleito por São Paulo, José Serra (PSDB), e outras lideranças do tucanato paulista. 

Apoio de Marina

O presidenciável afirmou que recebeu na manhã desta segunda uma ligação da candidata derrotada Marina Silva (PSB), mas durante a conversa não houve formalização de um apoio dela a ele neste segundo turno.

"Recebi hoje pela manhã um telefonema de Marina para me cumprimentar pelo resultado de domingo. Também a cumprimentei, pela expressiva votação que recebeu, mas temos de dar tempo ao tempo. Não cabe a mim avançar nesse tempo. Todas as forças políticas, naturalmente, estão se reunindo para tomar suas decisões", afirmou.

Aécio disse que sua candidatura deixou de ser de uma aliança ou um partido. "Todos que acreditam que o Brasil tem de mudar para avançar serão muito bem-vindos. Minha candidatura é a encarnação da mudança", afirmou.

O candidato disse ainda que também já conversou com o governador eleito de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), mas que nada foi discutido a respeito de um eventual apoio do partido ou da família de Eduardo Campos, morto no dia 13 de agosto. "Temos que ter muita cautela", explicou Aécio.

Campanha presidencial 2014
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