menu

UOL Eleições 2014

Manifesto UOL nas eleições: # Informação Contra o Achismo


Amazonas: Braga (PMDB) e Melo (Pros) disputarão o segundo turno

Do UOL, em São Paulo

  • Arte UOL

    Braga (esq.) e Melo, atual governador, fizeram campanha com intensos ataques mútuos

    Braga (esq.) e Melo, atual governador, fizeram campanha com intensos ataques mútuos

O senador Eduardo Braga, 53, do PMDB, e o governador José Melo, 68, do Pros, decidirão no segundo turno quem fica com o posto de governador do Amazonas, conforme apuração dos votos neste domingo (5).

Com 100% das urnas apuradas, Braga atingiu 43,16% dos votos válidos, contra 43,04% de Melo, seu adversário na disputa.

Fonte: TSE

O peemedebista tinha chance de vencer ainda no primeiro turno, mas Melo conseguiu avançar mesmo sob ameaça de ter a candidatura cassada pela Justiça Eleitoral.

Saiba quem são os adversários no 2º turno

Em 2006, Braga derrotou o ex-governador Amazonino Mendes (PFL) e se reelegeu no 1º turno governador do Amazonas pelo PMDB. Antes, ele havia sido eleito governador em 2002, também no primeiro turno, mas pelo PPS. Como o partido abandonou em 2004 a base de apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Braga se filiou ao PMDB.

Em 2010, o peemedebista deixou o cargo de governador para concorrer ao Senado. Seu vice na época, Omar Aziz (PSD), acabou se reelegendo governador. Como senador, Braga tornou-se em 2012 o líder do governo na Casa.

Já o "professor José Melo", como é conhecido no Amazonas, é economista formado pela Ufam (Universidade Federal do Amazonas) e foi deputado federal por dois mandatos entre 1994 e 2002. Em 2002, se tornou deputado estadual.

Em 2010, foi eleito vice-governador na chapa com Omar Aziz (PSD) que teve 63,9% dos votos no primeiro turno. Com a saída de Aziz para concorrer ao Senado em abril passado, ele assumiu o cargo de governador do Amazonas.

Disputa pelo Senado

A disputa pelo Senado foi vencida pelo candidato Omar Aziz (PSD), 56, ex-governador do Amazonas (2010-2014).

A vitória do candidato do PSD foi impulsionada pelo alto índice de aprovação de seu governo entre os amazonenses e seu longo histórico político no Estado: foi vice-governador em duas ocasiões, além de deputado estadual e vice-prefeito de Manaus.

Aziz registrou 58,5% dos votos, e bateu adversários como Praciano (PT), que ficou com 34,4%, e Marcelo Serafim (PSB), que somou 5,7%.

Saiba como foi a campanha na disputa pelo comando do AM

Nestas eleições, o PMDB de Braga encabeçava a coligação "Renovação e Experiência", composta por mais nove partidos, entre eles o PP, que indicou Rebecca Garciacomo vice na chapa, e o PT. Na propaganda eleitoral obrigatória, a coligação desfrutou de 1 minuto a mais de tempo que a principal concorrente, "Fazendo Mais Por Nossa Gente", do atual governador Melo. Sua coligação era composta por mais 15 partidos, entre eles o Solidariedade, que indicou Henrique Oliveira como vice na chapa, e o DEM.

Durante a campanha, a animosidade mútua ficou evidente com intensa troca de acusações e acabou virando batalha jurídica. As duas coligações entraram com 215 ações, recursos, liminares e representações no TRE-AM (Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas), uma contra a outra, em apenas dois meses e meio de campanha. A maioria dos processos se refere a propagandas irregulares e ao uso indevido do horário eleitoral gratuito.

Justiça Eleitoral

A 17 dias das eleições, o Ministério Público Eleitoral do Amazonas pediu a cassação da candidatura de Melo, sucessor de Aziz, à reeleição por suspeita de abuso de poder político. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) ainda não deu parecer sobre o caso.

O pedido foi feito com base na gravação de uma reunião da cúpula da Polícia Militar do Estado em que tenentes, coronéis e capitães falam em "uma ação integrada" em prol da campanha de Melo. Tropas teriam sido liberadas para gravação de propaganda e os contrários ao esquema, "perseguidos".

Por meio de seu advogado, Melo negou as acusações e afirmou estar "absolutamente tranquilo".

Maior Estado brasileiro

O governador eleito terá de gerir o maior Estado brasileiro em extensão territorial e com população estimada em 3,8 milhões de pessoas, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os programas de governo dos candidatos têm propostas similares. Os programas de governo de Braga e Melo podem ser acessados no site do TSE.

Apesar do tamanho, o Amazonas contribuiu apenas com 1,6% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro. Entre os Estados, o PIB amazonense (R$ 16,2 bilhões) é o 15º maior e a renda per capita média da população é de R$ 540. O setor de serviços é o que mais contribui para o crescimento do Estado, seguido da indústria, concentrada no Polo Industrial de Manaus com fábricas de produtos eletroeletrônicos, de informática e automóveis.

Quase metade da população do Amazonas com 25 anos ou mais não tem nenhum grau de instrução e a taxa de analfabetismo é de 10%.

Na área da saúde, o Estado figura no país entre os dez com menos médicos, com um profissional para cada mil habitantes. Com isso, há uma sobrecarga de atendimentos concentrada em Manaus, já que a capital dispõe de mais hospitais e médicos especialistas.

Na enquete "Esperançômetro", internautas do UOL apontaram a segurança pública como a principal área em que esperam melhorias no Amazonas. A capital Manaus, por exemplo, figura entre as 50 cidades mais violentas do mundo. Em seguida aparecem o atendimento de saúde e a qualidade de ensino.

Na enquete "Avalie seu Estado", o maior problema no Estado indicado pelos internautas foi a corrupção.

Eduardo Braga
Fonte: TSE
 
José Melo
Fonte: TSE

Veja também

Mais comentários