Garotinho é candidato com mais processos por irregularidade eleitoral no RJ
Paula Bianchi
Do UOL, no Rio
Com cinco processos, Anthony Garotinho (PR) é o candidato com o maior número de ações de infração eleitoral protocoladas pela PRE-RJ (Procuradoria Regional Eleitoral) no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Rio de Janeiro. O político concorre ao governo do Estado do Rio.
O atual governador e concorrente à reeleição, Luiz Fernando Pezão (PMDB), foi denunciado em três ações, sendo o segundo no ranking. Já o senador e candidato ao governo pelo PT, Lindberg Farias, tem duas ações.
No total, a PRE --órgão vinculado ao Ministério Público Federal-- enviou 16 processos para a Justiça propondo cassação de registro e inelegibilidade, além de 325 ações por propaganda ilegal. As supostas infrações ocorreram entre julho e setembro desse ano, segundo a procuradoria.
Garotinho está envolvido em três ações por abuso de poder e duas por uso indevido de meios de comunicação. Segundo a campanha do candidato, "essas ações estão fadadas ao insucesso". Os processos foram todos contestados, de acordo com a assessoria.
Já Pezão responde por abuso de poder político e conduta vedada (reajustes eleitoreiros e propaganda oficial ilícita). A assessoria de imprensa do candidato informou que ele "recorreu dessas ações e confia em resultados favoráveis".
Lindberg tem contra si uma ação por abuso de poder em eventos de campanha considerados ilegais pela procuradoria. A assessoria de Lindberg foi procurada, mas ainda não se manifestou.
Garotinho, Pezão e Lindbergh também estão entre os dez candidatos mais autuados por propaganda irregular. O deputado federal do PR lidera a lista, com 36 representações, Pezão aparece em terceiro, com 30, e Lindbergh em sétimo, com 14.
Entre os dez candidatos mais autuados estão ainda a filha de Garotinho e candidata a deputa federal, Clarissa Garotinho (PR), também com 14 representações, e o candidato a deputado federal e filho do ex-governador Sérgio Cabral, Marco Antônio Cabral (PMDB), com 11.
Caso condenados, os candidatos podem ter os mandatos cassados em uma eventual vitória no pleito.