O vice-prefeito de Maringá (426 km de Curitiba), Carlos Roberto Pupin (PP), 57, foi eleito prefeito da cidade. Ele derrotou Enio Verri (PT). Os dois candidatos tiveram padrinhos políticos de peso na corrida eleitoral deste ano. Pupin foi apoiado pelo atual prefeito, Silvio Barros (PP), que deixa o cargo após dois mandatos consecutivos (2005-2008 e 2009-2012). Ênio Verri teve como cabo eleitoral o ex-presidente Lula em seu horário na TV.

O petista e o candidato do PP polarizaram a disputa desde o começo. Verri baseou sua campanha no fato de ter o apoio do governo federal. Pupin utilizou como plataforma política a continuidade ao trabalho de Silvio Barros. Juntos, Verri e Pupin receberam no primeiro turno 77,38% das intenções de voto dos maringaenses.

Até quase a véspera da eleição no primeiro turno, Pupin estava em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto, passando à dianteira e chegando ao segundo turno como o mais votado, com 42,36% dos votos válidos. Verri recebeu 35,02%.

Nas primeiras pesquisas do segundo turno, porém, o petista voltou a crescer, deixando a disputa num empate técnico. Mas a virada do petista não se confirmou, e Pupin venceu.

A disputa entre PP e PT é antiga na cidade. A atual administração diz que recebeu a prefeitura falida em 2005, quando encerrou-se o mandato de João Ivo Caleffi (PT).

Até poucos dias antes da votação no primeiro turno, o eleitor de Maringá não sabia se poderia ou não votar em Pupin. O vice-prefeito chegou a ter a candidatura ameaçada depois de o TRE-PR (Tribunal Regional Eleitoral) indeferir o registro da sua candidatura no dia 19 de agosto.

O motivo é que o candidato substituiu o atual prefeito de Maringá em seu cargo em abril deste ano, quando Silvio Barros se afastou temporariamente, e em abril de 2008, em mandato anterior. Pupin foi vice de Barros nos dois mandatos.

Para o TRE, o fato tornaria Pupin inelegível, uma vez que teria ocupado o cargo de prefeito em dois mandatos consecutivos, justamente nos seis meses anteriores às eleições de 2008 e 2012, não podendo, por isso, concorrer a um terceiro mandato.

Assim, o pepista passou quase dois meses da campanha sem saber se poderia ou não concorrer.

Posteriormente, acatando recurso do PP, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) devolveu a candidatura de Pupin à legalidade, sob o argumento de que o "vice-prefeito não sucedeu propriamente o prefeito Silvio Barros, ocorrendo simples substituição", o que não tornaria o candidato inelegível.

Economia

Na enqute Avalie sua Cidade, do UOL, o trânsito foi apontado pelos internautas como o problema que mais incomoda em Maringá, seguido de segurança e corrupção.

 Entre as propostas apresentadas por Pupin, estão a de integração dos projetos de mobilidade urbana e o incentivo aos meios alternativos de transporte.

Na saúde, o prefeito eleito diz que irá Implantar a unidade básica Amiga do Trabalhador e o serviço de entrega de medicamentos de uso contínuo para grupos de hipertensos e diabéticos.

Com pouco mais de 357 mil habitantes, Maringá é a terceira maior cidade do Paraná, atrás apenas da capital (Curitiba) e de Londrina, e a sétima mais populosa da região Sul do Brasil. O orçamento aprovado para 2013 é de R$ 872 milhões, 13,5% maior do que o de 2012, que foi de R$ 768 milhões.