Propaganda eleitoral termina em Cuiabá com Mendes e Lúdio com menos tempo por causa de decisões da Justiça

Jorge Estevão

Do UOL, em Cuiabá

Com um corte de 2min no programa de Mauro Mendes (PSB) e direito de resposta de 3m23s no de Lúdio Cabral (PT), foi encerrado nesta sexta-feira (26) o horário eleitoral gratuito para eleição a prefeito de Cuiabá.

Havia expectativa de que Lúdio e Mendes fizessem ataques, mas as coordenações de campanhas optaram por apresentar propostas nas áreas de saúde e educação, ao contrário do que ocorreu durante a semana, que foi marcada por ataques em relação aos apoios e em outro extremo a “arma” do petista contra o candidato do PSB: beijar intensamente a esposa em público.

Duas horas antes do horário eleitoral, a PF (Polícia Federal) iniciou investigações a respeito de uma denúncia feita à Ouvidoria do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de que um dos candidatos tinha cerca de R$ 8 milhões para gastar em uma possível compra de votos. Tesoureiros das campanhas foram chamados à sede da PF. Um capitão da PM também prestou depoimento. O conteúdo das declarações não foi divulgado.

Tempo menor

Nos programas na TV, a Justiça Eleitoral cortou 3m23s do programa do petista. No lugar, a coligação do socialista rebateu a acusação de que estaria com apoio do ex-prefeito Wilson Santos (PSDB) e do gestor que o sucedeu, o petebista Chico Galindo.

Mauro apareceu no vídeo e disse que a acusação do petista “era uma falta de ética”. Depois afirmou que Lúdio era quem escondia os apoios, em referência o “cacique” do PMDB, o deputado federal Carlos Bezerra, ao governador Silval Barbosa e ao ex-secretário da Copa, Eder Moraes.

Porém, Mendes perdeu 2min de programa por determinação da juíza da 51ª Zona Eleitoral, Rita Soraya Tolentino de Barros. A magistrada determinou suspensão da peça publicitária que, segundo ela, teria caráter ofensivo. A transmissão de imagem ficou estática.

No bloco do petista, a coordenação decidiu novamente reapresentar o comício com participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na quarta-feira (24). Já o programa de Mendes contou com falas dos senadores Blairo Maggi (PR) e Pedro Taques (PDT).

Os programas de rádio também foram antecipações do que ocorreria no horário eleitoral da TV.

Uso da máquina

Na noite de quinta-feira (25), um cabo eleitoral de Mauro Mendes foi preso por ordem do secretário-chefe da Casa Militar, coronel Ildomar Macedo, no bairro Cidade Alta. Paulo César, como ele foi identicado, foi encaminhado para uma delegacia, mas foi liberado depois por falta de provas. Ele portava uma lista com nomes de outros cabos eleitorais, o que não constitui crime.

O candidato Mauro Mendes acusa o governo do Estado de usar a máquina pública em favor de Lúdio Cabral. “Isso [a prisão do cabo eleitoral] foi uma armação, uma farsa”, afirmou Mendes, adiantando que entraria com representação no TRE.

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