Ao apresentar programa de governo, Serra critica propostas do PT

Débora Melo

Do UOL, em São Paulo

José Serra, candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, lançou seu programa de governo na noite desta segunda-feira (15), a menos de duas semanas do segundo turno, quando voltará a enfrentar Fernando Haddad (PT) nas urnas.

Ao discursar em uma sala de cinema lotada na região da avenida Paulista, Serra e seus aliados priorizaram ataques ao PT e críticas ao programa de governo do adversário --que foi apresentado no dia 13 de agosto.

“[O programa do Haddad] é uma antologia de bobagens e de chuva no molhado (...) É um oceano que você atravessa com água pelas canelas. É o suprassumo do lugar comum (...) O que é velho, é repetição. O que é novo, é ruim”, disse o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP).

O julgamento do mensalão, em curso no STF (Supremo Tribunal Federal), também não foi esquecido. Ao encerrar seu discurso, depois de pedir votos para a plateia, Serra disse que os tucanos são “a turma do não-mensalão”.

O vice na chapa de Serra, Alexandre Schneider, retomou o discurso centrado na ética da campanha tucana e fez críticas ao fato de vários membros do PT serem réus do mensalão. “Nós temos que discutir valores. Aqui não tem ninguém que o Serra tem vergonha de citar como companheiro. Se lá eles têm vergonha, aqui a gente tem orgulho”, disse Schneider.

Em um dos poucos momentos em que dedicou sua fala às próprias propostas, Serra lembrou a promessa de construir 30 AMAs (Assistência Médica Ambulatorial) 24 horas, sem deixar, no entanto, de alfinetar o programa petista.

O tucano também explicou que o programa de governo apresentado hoje --em um encarte de 68 páginas-- é uma versão detalhada do que foi encaminhado ao TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) no ato do registro da candidatura.

“Mas não a ponto de detalhar onde vamos fazer as 30 AMAs 24 horas. Isso seria impossível de fazer em cada caso. Mas tem o compromisso, vamos ter mais 30 AMAs 24 horas. No programa do adversário a palavra AMA não é mencionada. Atende 10,5 milhões de pessoas por ano. Valeria no mínimo uma menção para dizer o que vai fazer com aquilo”, disse Serra.

O programa de governo, dividido em 15 capítulos, trata de assuntos como habitação, transportes e mobilidade, meio ambiente, segurança e desenvolvimento urbano. De acordo com Serra, propostas de aliados no segundo turno também foram incorporadas ao documento.

"No caso do PPS, a ideia da Soninha do auxílio de bolsa-creche para mães que estão aguardando vaga para seus filhos", disse.

Também discursaram o coordenador do programa tucano, Hubert Alqueres, o governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e o prefeito Gilberto Kassab (PSD).

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