Campanhas milionárias vencem em cidades atingidas pela tragédia no Rio; resultado pode mudar em Teresópolis

Marcela Rahal

Do UOL, em São Paulo

Com campanhas milionárias, os candidatos Pedro Rogério Cabral (PSD) e Arlei de Oliveira Rosa (PMDB) se elegeram prefeitos de Nova Friburgo e Teresópolis, respectivamente.

Em Teresópolis, a vitória de Arlei, no entanto, não é garantida. O candidato do PP e ex-prefeito, Mario de Oliveira Tricano, pode ser eleito caso sua candidatura seja deferida pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Tricano teve 46% dos votos válidos contra 41% de Arlei.

A candidatura do candidato do PP foi indeferida pelo TRE-RJ (Tribunal Regional Eleitoral) com base na lei da Ficha Limpa, mas Tricano entrou com recurso no TSE.

O candidato Cleiton Valentim (PR) que teve 2% dos votos válidos também aguarda julgamento de sua candidatura pelo TSE. Até agora, os votos dos dois candidatos que aguardam julgamento foram computados pelo TRE como nulos, e só serão considerados válidos caso as candidaturas sejam deferidas pelo TSE.

Nova Friburgo e Teresópolis são duas cidades mais afetadas pelo temporal que deixou cerca de 900 mortos na região serrana do Rio de Janeiro em 2011. Nelas, seus candidatos não pouparam para conquistar o eleitor desiludido com a falta de ações dos governos estadual e municipal após a tragédia.

Além disso, as duas cidades tiveram os prefeitos afastados acusados de desviar verbas públicas que foram repassadas para a reconstrução das cidades.

O UOL visitou as cidades dentro do projeto UOL Pelo Brasil. A reportagem constatou que 55 mil pessoas ainda vivem em áreas de risco nas cidades, nenhuma casa foi entregue e escombros e lama continuam espalhados.

Segundo o site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o prefeito eleito com 35% dos votos em Nova Friburgo, Pedro Rogério Cabral, estimou gastar R$ 3 milhões.

Já o prefeito interino de Teresópolis, Arlei de Oliveira Rosa, declarou gastos de até R$ 1,5 milhão.

Na campanha, candidatos prometeram soluções para os problemas gerados pela  tragédia. A catástrofe apareceu nos nomes das coligações e também nos programas de governo.

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