Lacerda diz que PSB mineiro é aliado de Dilma

Carlos Eduardo Cherem

Do UOL, em Belo Horizonte

O prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), afirmou nesta segunda-feira (8), em sua primeira entrevista como chefe do Executivo reeleito na capital mineira, que o seu partido em Minas Gerais manterá o apoio político à presidente Dilma Rousseff, apesar do que ele classificou de oposição “agressiva” e “desleal” do PT durante a campanha eleitoral na cidade.

“O PSB apoia o governo [governador de Minas Gerais do PSDB, Antonio] Anastasia e, em Brasília, o governo Dilma. Eu trabalhei em 2010 na campanha de Anastasia e Dilma. O famoso 'dilmasia'. O PSB continua com essa posição”, afirmou.

No entanto, Lacerda mandou recado ao PT mineiro: vai demitir petistas que ocupam cargos no seu governo --os partidos eram alidados antes das eleições. Segundo ele, as dispensas vão ocorrer durante uma transição que deverá durar cerca de três meses.

“Haverá alguma substituições em alguns cargos. São pessoas do partido [PT] que adotaram uma postura agressiva e desleal com a administração. Não haverá caça às bruxas, mas algumas mudanças”, disse.

O prefeito ironizou o aviso emitido no domingo (7) pelo candidato derrotado Patrus Ananias (PT) de que a legenda --que elegeu seis vereadores na Câmara de 41 membros-- lhe faria oposição.

“Não é algo que vá perturbar o meu sono. Estamos acostumados com essa relação tumultuada. Uma oposição oficial não seria nenhuma novidade", afirmou. 

De acordo com Lacerda, a oposição petista "pode ser uma forma de o PT se aglutinar, se reciclar". "Um partido que tem sua força, tem uma história mas esteve bastante desarticulado nos últimos anos”, disse.

Eleições 2014

Lacerda disse ainda que fez um pacto com o senador Aécio Neves (PSDB-MG), de não falar sobre as eleições presidenciais de 2014 --o senador é o mais cotado para ser o candidato tucano na disputa.

“Falta muito ainda para 2014. Eu tenho um pacto com o senador Aécio Neves de não falar desse assunto agora. O assunto 2014 não está definitivamente na pauta”, afirmou.

“O eleitor não quer saber desse assunto [eleição presidencial]. Não entra no dia a dia da maioria das pessoas."

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