Patrus diz confiar na "oscilação de pesquisas" para ocorrer 2º turno em Belo Horizonte

Rayder Bragon

Do UOL, em Belo Horizonte

  • Alex de Jesus - 6.out.2012/O Tempo/Estadão Conteúdo

    "Eu estou com muita convicção que vamos para o segundo turno", disse Patrus Ananias (à esq.)

    "Eu estou com muita convicção que vamos para o segundo turno", disse Patrus Ananias (à esq.)

Candidato do PT à Prefeitura de Belo Horizonte, o ex-ministro Patrus Ananias disse confiar na oscilação das pesquisas para que haja segundo turno na eleição da cidade. O principal adversário do petista, o prefeito Marcio Lacerda (PSB), tenta a reeleição e lidera as pesquisas de intenção de voto. De acordo com pesquisa Datafolha divulgada neste sábado, o socialista tem 50% dos votos válidos (já excluídos os votos em branco e nulos), contra 43% obtidos na intenção de voto favoráveis a Patrus. Já o Ibope divulgou ontem pesquisa na qual Lacerda tem 55% dos votos válidos, ante 40% do petista.

"As pesquisas têm oscilado muito. Há pesquisas, por exemplo, que já apontam empate no 1º turno. E nós estamos sentindo um clima muito positivo na cidade. (...) Eu estou com muita convicção que vamos para o segundo turno e vamos ganhar a eleição", disse o ex-ministro, que vota em uma universidade localizada na região noroeste da capital mineira.

Em uma eventual segunda etapa do pleito em Belo Horizonte, Patrus disse que a campanha manterá o "mesmo entusiasmo". "A nossa campanha se caracteriza por apresentar de maneira muito clara a nossa proposta e o nosso compromisso. Nós não fazemos promessas vãs. A nossa campanha manterá o mesmo discurso pedagógico", afirmou.

O candidato estava acompanhado da mulher, do ex-ministro Luiz Dulci (PT) e do ministro Fernando Pimentel (PT), fiador, juntamente com senador Aécio Neves (PSDB), da campanha que elegeu Marcio Lacerda, em 2008. Em junho deste ano, PSD e PT romperam sua aliança, após os socialistas se negarem a compor chapa com os petistas na eleição proporcional. Nos bastidores, a informação seria que o senador Aécio Neves teria se empenhado pessoalmente pela dissolução da aliança. Em seguida, o tucano passou a ser o principal cabo eleitoral de Lacerda.

Pimentel negou que estivesse ausente da campanha de Patrus. "Isso é uma injustiça. Eu trabalhei todo o tempo livre que tive na campanha do Patrus. Eu sou ministro, durante a semana eu não podia vir para cá. Todos os finais de semana eu vim e participei de todos os atos importantes", disse. Questionado sobre uma declaração do senador Aécio Neves, segundo a qual as "construções de pontes" de diálogos com o PT teriam ficado inviáveis por conta de uma "radicalização do PT", o ministro disse que se trata de "assunto ultrapassado". "Neste momento, estamos disputando uma eleição em Belo Horizonte onde há dois projetos distintos colocados para a cidade, o nosso e o outro", disse. 

O ministro minimizou o significado de uma possível vitória de Marcio Lacerda ao ser indagado se isso representaria uma hegemonia tucana no Estado e na capital. "Não tem isso. Ninguém é dono de Minas Gerais. Os donos de Minas são os mineiros", resumiu. O PT administrou a capital mineira por 16 anos. De acordo com a assessoria de Patrus, ele iria acompanhar a mulher ao local da sua votação e, em seguida, seguiria o vice na sua chapa, Aloisio Vasconcelos (PMDB) ao local onde ele vota. Ainda não está definido em qual local o petista irá acompanhar a apuração dos votos.

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