Análise: campanha em São Paulo é marcada por desdém a "elemento surpresa"

Ana Paula Rocha, Gabriela Fujita e Marcela Rahal

Do UOL, em São Paulo

A biografia de um velho conhecido dos eleitores e o apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a um novato não foram suficientes para garantir a participação do tucano José Serra e do petista Fernando Haddad no segundo turno da disputa pela Prefeitura de São Paulo. A presença de um "elemento surpresa", o candidato do PRB, Celso Russomanno, embaralhou a disputa na maior cidade do país.

Segundo especialistas convidados pelo UOL para analisar a campanha dos três candidatos mais bem colocados nas pesquisas, as campanhas de PSDB e PT acabaram desdenhando de Russomanno. “Tanto o Haddad quanto o Serra acabaram atacando um ao outro, mutuamente, e se esqueceram dos adversários”, declara a cientista política Maria do Socorro Braga, da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos). 

Enquanto isso, a estratégia do candidato do PRB foi não polemizar com os rivais. "Ele [Russomanno] estava certo em não enfrentar os adversários, já que era o menos preparado para esse tipo de confronto”, explica o estrategista em comunicação política Roberto Gondo Macedo.

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