No último debate televisivo antes da eleição, realizado na noite desta quinta-feira (4) pela TV Globo, o candidato à Prefeitura de Salvador ACM Neto (DEM) mirou as criticas na gestão do governo estadual do PT, partido do principal adversário, Nelson Pelegrino.

Já o petista, apostou numa “dobradinha” com o candidato do PMDB, Mário Kertész, para criticar o rival do DEM. As últimas pesquisas indicam ACM Neto e Pelegrino na frente, com possibilidade de passar ao segundo turno.

ACM Neto focou seus ataques na greve dos professores da rede estadual --que durou 115 dias--, na segurança pública e no uso de um helicóptero pelo governador Jaques Wagner (PT) para se locomover na cidade, temas já explorados pela propaganda eleitoral do candidato.

“A violência só fez aumentar em Salvador. O PT da propaganda é um, da vida real é outro. O helicóptero [do governador] deveria ser usado para perseguir bandido”, disse ACM Neto.

Apesar das criticas feitas por Kertézs à polarização eleitoral entre PT e DEM, o candidato do PMDB fez duras críticas a ACM Neto em pontos que coincidem com a propaganda da campanha petista.

Ao ser questionado por Pelegrino sobre a importância de parcerias com o governo estadual e federal, Kertész criticou um dos motes da campanha de Neto: “Isso de dizer que a prefeitura pode andar com as próprias pernas não é verdade. E pensar que o governo federal vai fazer gracinha para prefeito da oposição, não faz não. E eles aprenderam inclusive com o nosso saudoso Antônio Carlos Magalhães”, afirmou Kertész.

O ex-senador ACM, avô do candidato do DEM, governou a Bahia por três mandatos, e era criticado pela oposição por não investir na prefeitura da capital quando esta era administrada por um partido alheio ao seu grupo.

Em outro ponto do debate, ao escolher perguntar para ACM Neto, Kertész criticou a gestão da Saltur (Empresa Salvador Turismo), cujo presidente Cláudio Tinoco, foi indicado pelo DEM.

No debate anterior, Kertész foi acusado de beneficiar Pelegrino com críticas a ACM Neto, mas o peemedebista negou esta hipótese.

A única vez que ACM Neto e Pelegrino partiram para o confronto direto foi com a pergunta de candidato do DEM ao petista sobre segurança pública, numa tentativa de associar os problemas na área ao adversário.

“O governo atual contratou 10 mil policiais, contra o governo anterior [que contratou] só 1.400”, respondeu o petista. Antes da gestão de Jaques Wagner (PT), a Bahia foi governada por Paulo Souto (DEM), aliado de Neto.

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