No Rio, Paes dá aula criticando Maia, e Freixo diz que "não compra partidos"

Hanrrikson de Andrade

Do UOL, no Rio

O prefeito do Rio de Janeiro e candidato à reeleição, Eduardo Paes (PMDB), ironizou nesta quarta-feira (3) o fato de seu adversário Rodrigo Maia (DEM) ser apoiado pela dupla formada pelo ex-prefeito César Maia (DEM), pai de Rodrigo, e o ex-governador Anthony Garotinho (PR).

No último dia do horário político no rádio e na TV, a campanha do peemedebista veiculou no rádio uma sarcástica "aula de conhecimentos gerais", na qual uma aluna é indagada a indicar nomes de políticos e personalidades que apoiam os candidatos à Prefeitura do Rio.

Ao ser questionada sobre os aliados de Rodrigo Maia, a estudante afirma: "César Maia e Anthony Garotinho". A resposta é sucedida por gargalhadas do restante da classe. Já em relação a Paes, líder nas pesquisas, a participante responde: "o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, a presidente Dilma Rousseff e o cineasta Cacá Diegues", arrancando aplausos dos demais alunos.

Na TV, o candidato do PSOL, Marcelo Freixo, que tente forçar um segundo turno contra o favorito Paes --o atual prefeito tem 57% das intenções de voto na última pesquisa do Ibope; já Freixo tem 18%--, alfinetou o adversário ao dizer que "não compra partidos", "não tem o apoio de empreiteiras" e "não faz alianças espúrias".

Freixo refere-se ao áudio, publicado pela revista "Veja", no qual o presidente estadual do PTN, Jorge Sanfins Esch, é flagrado afirmando a colegas de partido ter negociado apoio político ao PMDB.

O PTN lançaria Paulo Memória como candidato à prefeitura, mas teria desistido, segundo Esch, em função da promessa de repasse de R$ 200 mil em troca do apoio à reeleição de Paes.

Em uma entrevista dada após a divulgação do áudio, o presidente estadual do PTN afirmou que o coordenador de campanha de Paes, deputado federal Pedro Paulo (PMDB), teria feito a promessa na convenção do partido, realizada no dia 30 de junho.

Marcelo Freixo, Rodrigo Maia e o candidato do PSDB, Otávio Leite, acionaram o Ministério Público Eleitoral (MPE) para que o órgão investigue o episódio que os adversários chamam de "mensalão do PMDB". Se confirmada a prática de crime eleitoral, a candidatura do atual prefeito poderia ser impugnada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

A coligação "Somos um Rio", de Eduardo Paes (que reúne 20 partidos), nega a suposta compra de apoio político. Em nota, a assessoria da campanha afirmou que não houve promessa de repasse de dinheiro "em espécie" para que o partido nanico apoiasse o peemedebista, e que o suporte recebido pelos candidatos a vereador da legenda se limitaria ao fornecimento de material de campanha --placas, galhardetes e cartazes que compreenderam a um investimento de R$ 154.514.

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