O senador Aécio Neves (PSDB-MG) voltou a criticar o PT neste sábado (29) em Belo Horizonte, durante ato de campanha em apoio à reeleição do prefeito da capital mineira Marcio Lacerda (PSB). “A marca do PT é o que estamos vendo. Quando estão perdendo, a posição do PT é sempre de muita virulência, de muito ataque pessoal, como se derrotar o PT fosse um crime de lesa-pátria”, afirmou o senador.

Após acusar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de agir como “chefe de facção” ao defender petistas réus no mensalão, Aécio amenizou as críticas dizendo que se referia a “facção política” e não “criminosa”. Porém, disse que Lula não sabe separar o “pessoal” do “político”.

“Falei que ele opta por ser chefe de uma facção política. Não estou me referindo a nada além disso”, disse.

“O ex-presidente da República é ex-presidente de todos os brasileiros. É absolutamente legítimo que peça votos para seus candidatos. [Porém], no momento em que ele vem para o palanque atacar pessoalmente o adversário, como exclusivista do sentimento de solidariedade com os mais pobres, não me parece a postura adequada a um ex-presidente da República”, afirmou o tucano.

Aécio, que lembrou ser “amigo” do ex-presidente, afirmou que Lula “tem no mundo um prestígio extraordinário” mas não sabe separar as disputas políticas das questões pessoais.

“Quando ele vem fazer ataques pessoais, acho que não está à altura do que ele é, da história dele, que é uma história belíssima, tanto pessoal quanto política. Gostaria de vê-lo no papel de ex-presidente da República, rodando o mundo, representando o Brasil. Não há uma figura importante do mundo político que eu encontre que não pergunte pelo presidente Lula”, afirmou.