No segundo bloco do debate promovido pelo jornal “O Estado de S.Paulo”, pela "TV Cultura" e pelo "YouTube", na noite desta segunda-feira (17), os candidatos José Serra (PSDB) e Fernando Haddad (PT) discutiram sobre a nomeação de Marta Suplicy como ministra da Cultura.

Serra afirmou que o PT usou o governo federal como se fosse propriedade privada ao trocar o apoio de Marta à campanha de Haddad pelo ministério e para apaziguar os ânimos da senadora petista, que queria ser candidata à prefeitura.

“Trocar ministério por apoio político é indevido”, afirmou o tucano após ser questionado pelo petista se a sua afirmação de que a presidente Dilma Rousseff não deveria "meter o bico" na campanha não era desrespeitosa.

Na réplica, Haddad afirma que a declaração de Serra é anterior à nomeação de Marta e diz que o tucano é deselegante com adversários e com aliados políticos. Ele também disse que a presidente é bem avaliada, enquanto a gestão de Kassab é alvo de críticas.

"Eu tenho direito de dar a minha opinião. Todo mundo sabe [da troca de apoio pelo ministério. Não é índice em aprovação de pesquisa que vai bloquear opinião democrática sobre o que está acontecendo. O prefeito Kassab, que vocês ficaram atrás dele para ter apoio, se elegeu ganhando da Marta", respondeu Serra.

Soninha Francine (PPS) perguntou para Haddad sobre o processo de prévias do PT. Ela quis saber o que o candidato petista acha sobre a interferência de Lula no partido. Haddad afirmou que a decisão visou garantir que Marta cumprisse todo o mandato de senadora. Ele aproveitou para alfinetar o candidato do PSDB, que deixou o cargo de prefeito durante o mandato.

Na réplica, Soninha acusou o PT de fazer “acordos espúrios”. Haddad disse que Soninha deveria respeitar mais Marta Suplicy. Ele afirmou que a senadora petista desafiou o partido quando considerou que era correto e respeitou a decisão dos colegas quando foi o momento.

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