Confronto entre militantes e problemas técnicos marcam debate em Belo Horizonte

Carlos Eduardo Cherem

Do UOL, em Belo Horizonte

O debate entre os candidatos a prefeito na TV Bandeirantes em Belo Horizonte, nesta quinta-feira (2),  foi marcado por falhas técnicas e enfrentamento de militantes do PT e PSB/PSDB --com trocas de empurrões e bandeiradas-- antes do começo do encontro dos candidatos.

A PM (Polícia Militar) interveio e separou os cerca de 800 militantes envolvidos na briga. Durante o debate, os dois primeiros blocos tiveram de ser reprisados por conta de um problema técnico com o som do prefeito de Belo Horizonte e candidato à reeleição, Marcio Lacerda (PSB), e o candidato do PT, Patrus Ananias.

Ao final do encontro, o prefeito e o petista reconheceram que o debate, encerrado na madrugada desta sexta-feira (3), que há poucas diferenças entre as propostas colocadas pelas alianças que representam.

"A diferença é que estamos fazendo e e eles estão prometendo", afirmou Lacerda, ao fim do debate. Lacerda disse ainda que a campanha eleitoral deve "esquentar" a partir do início da propaganda e rádio na televisão.

Patrus afirmou, também ao fim do debate, que não está preocupado com as propostas apresentadas pelo adversário. "Estou preocupado com as minhas propostas. Com as nossas propostas", disse.

O candidato Marcio Lacerda foi assessorado, durante os debates pelo seu coordenador de comunicação Régis Souto. Já o candidato Patrus Ananias foi assessorado pelo jornalista, Eduarco Oinegue, da equipe do publicitário João Santana, marqueteiro do PT.

Entrada

Lacerda chegou ao debate acompanhado por diversos políticos ligados a sua campanha, entre eles, o vice-governador de Minas Gerais, Alberto Pinto Coelho (PP), o presidente da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, Dinis Pinheiro, e do secretário geral do diretório e municipal e estadual do PSD, Alexandre da Silveira.

Patrus chegou acompanhado somente pela família.

O debate

Os momentos mais quentes do debate foram trazidos por Maria da Consolação Rocha (PSOL), que fez críticas tanto à administração de Lacerda quanto à petista, e Alfredo Flister (PHS), arrancando risos da plateia com observações relativas aos cargos ocupados pelo PT na administração municipal que, segundo Flister, seriam 900, considerados em demasia por ele, e sobre rumores de ter se candidatado para apenas “bater em Patrus”.

Os dois figuram com 1% da intenção de votos aferidos na pesquisa de 21 de julho, realizada pelo Datafolha.

“Eu tenho recebido críticas, de que sou candidato laranja, [que teria me candidatado] para bater no Patrus. Eu não sou candidato laranja e posso falar dele. Eu quero passar na frente dele”, disse Flister, arrancando risos da plateia.

Em outro momento, os risos dos que assistiam ao debate vieram após o candidato do PHS afirmar “não entender nada” sobre desassoreamento, ao responder pergunta alusiva à lagoa da Pampulha, um dos cartões-postais da cidade e que sofre com o assoreamento e a poluição.

Flister salientou que contrataria “profissionais especializados” no assunto, caso seja eleito.   

Outros três postulantes ao cargo de prefeito da cidade não foram convidados em razão da ausência de representantes na Câmara. A fórmula adotada pela emissora é respaldada pela Justiça Eleitoral. Os dois primeiros blocos precisaram ser refeitos por causa de problema no áudio do local onde era realizado o debate.

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