Apadrinhado por ex-prefeito, João da Costa ficou isolado durante mandato

Do UOL, em São Paulo

João da Costa foi eleito prefeito do Recife, em 2008, indicado como candidato do então prefeito João Paulo.

Na ocasião, João Paulo teve de vencer a resistência de alas do PT e também da principal liderança estadual da sigla, o senador Humberto Campos, e da chamada Frente Popular, comandada pelo governador Eduardo Campos, presidente nacional do PSB.

À época, disputavam a preferência de João Paulo, “empossado” coordenador das articulações para a sucessão municipal, Maurício Rands, Pedro Eugênio e o próprio Humberto Costa.
João Paulo teve ainda uma tarefa mais difícil, que foi convencer o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva –que queria Humberto Costa—que seu apadrinhado político era a melhor alternativa.

Durante o mandato, no entanto, João da Costa se desentendeu com seu padrinho –os motivos até hoje não foram conhecidos-- e rompeu com o ex-prefeito. A partir daí, o atual chefe do Executivo no Recife ficou isolado.

Desde então, sua gestão passou a ter avaliações ruins, inclusive, dos ex-aliados.

Ex-inimigos históricos no PT, Humberto Costa e João Paulo, incentivados por Lula, se uniram e resolveram apoiar o nome de Mauricio Rands como candidato petista --ele ocupava o cargo de secretário estadual de Governo na gestão Eduardo Campos.

Ante ao impasse, o PT no Recife marcou prévias, realizadas em 20 de maio deste ano. Para a surpresa dos adversários, João da Costa foi o vencedor.

A Executiva Nacional do PT interviu, sob o argumento reverberado por Rands, de que o processo interno havia sido fraudado.

Uma nova eleição interna foi marcada, para o dia 3 de junho. Dias antes, no entanto, Rands desistiu de disputar as prévias e disse que apoiaria o nome de Humberto Costa –que já tinha o aval de Lula e de Eduardo Campos.

Sem prévias, a Executiva Nacional voltou a agir e chamou a decisão de indicar o candidato no Recife.

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